Lembrando que, desde 2015, a “razão do trabalho diário” dos socialistas “tem sido o país e o bem-estar dos portugueses”, a deputada frisou que se há matéria em que o PS é “radical e inflexível é na defesa do Serviço Nacional de Saúde”.
Durante uma interpelação ao Governo, agendada pelo Bloco de Esquerda, sobre as negociações com os profissionais de saúde, Maria Antónia Almeida Santos defendeu que “a Lei de Bases da Saúde, que em boa hora aprovámos, pressupõe a garantia de uma gestão local de maior proximidade com os ganhos de eficiência na mitigação dos efeitos adversos relativamente às desigualdades em saúde”.
Admitindo que existem alguns condicionalismos, a vice-presidente da bancada socialista vincou, no entanto, que “nenhum partido poderá, com seriedade, garantir que consegue resolvê-los a breve prazo”.
“Sem SNS, os portugueses ficariam desprotegidos perante as situações de doença e não teriam acesso à inovação tecnológica que salva vidas ou prolonga a vida com qualidade”, declarou.
Recordando a pandemia de Covid-19, Maria Antónia Almeida Santos deixou um “agradecimento à ex-ministra Marta Temido e sua equipa, que nos manteve a todos unidos e sempre em segurança”.
Em seguida, a parlamentar enumerou alguns exemplos de políticas concretas que “fazem diferença na vida de todos”: “A campanha de vacinação sazonal com doses de vacinas do SNS nas farmácias comunitárias, sem necessidade de receita médica; a desburocratização, anunciada por sucessivos governos, é hoje uma realidade; o alargamento para 12 meses da validade das receitas médicas; a renovação automática das receitas de medicação crónica nas farmácias comunitárias; a emissão de auto declaração de doença até três dias pelo SNS24; a integração dos resultados dos meios de diagnóstico e terapêutico, públicos e privados”.
“Os factos desmentem o discurso derrotista dos que só falam do SNS para o criticar e diminuir. Isso é que é desistir”, afiançou a deputada do PS, reafirmando a defesa intransigente do SNS por parte dos socialistas.
“O Serviço Nacional de Saúde tem hoje 150 mil profissionais, mais 25% que em 2015. Destes, 82 mil são médicos e enfermeiros. Trabalhámos convictamente na sua valorização e agradecemos também por isso ao ministro Manuel Pizarro e à sua equipa”, afirmou.
No final da sua intervenção, Maria Antónia Almeida Santos deixou uma certeza: “Os socialistas sabem bem que é na adversidade que se revela a força”.