No comício de campanha para as legislativas que ontem teve lugar em Machico, com a participação do Secretário-geral do PS, o candidato socialista lembrou as conquistas que foi possível alcançar para a Madeira nos últimos seis anos, graças ao empenho dos deputados do PS eleitos pela Região e ao diálogo construtivo com o Governo da República liderado por António Costa.
Como exemplos, Carlos Pereira apontou o cofinanciamento do novo Hospital, o financiamento a 100% dos cabos submarinos e um valor robusto do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a Madeira, lamentando que o Governo Regional não tenha feito chegar esses apoios ao tecido empresarial e ao setor privado. Deu também conta da garantia da estabilidade do Centro Internacional de Negócios e dos programas de habitação social, nomeadamente o 1º Direito, ao qual os municípios da Madeira podem se candidatar.
“Nós somos o garante da defesa dos interesses da Madeira na Assembleia da República”, sublinhou Carlos Pereira, considerando, por outro lado, que o PSD se transformou num partido de protesto, sem agenda e “inútil” para a defesa da Região.
Nesse sentido, apelou à união e à mobilização para garantir uma maioria robusta do PS e reeleger António Costa primeiro-ministro.
O candidato do PS deu ainda a boas-vindas ao Secretário-geral à Madeira, criticando “o outro candidato que quer ser primeiro-ministro [Rui Rio]”, mas “não vai ao país todo”, desconhecendo-se o que pretende para a Região.
Pelo mesmo diapasão afinou o presidente do PS/Madeira, Paulo Cafôfo, que lançou duras críticas ao líder do PSD, a quem acusou de não ser autonomista, mas sim um centralista.
“Rui Rio não vem à Madeira nem aos Açores nesta campanha eleitoral. É um mau sinal, ao contrário de António Costa, que começou a campanha nos Açores e na Madeira”, disse o dirigente socialista, classificando a atitude do líder social-democrata como uma falta de respeito pela autonomia e pelos povos insulares.
“Miguel Albuquerque diz que dispensa a vinda de Rui Rio à Região, mas foi Rui Rio que dispensou Miguel Albuquerque e que dispensou a Autonomia”, criticou o líder dos socialistas madeirenses deixando uma questão: “Se Miguel Albuquerque não consegue convencer Rui Rio a vir cá na campanha eleitoral, como o vai convencer a resolver os problemas da Madeira?”.
Paulo Cafôfo sublinhou ainda, na sua intervenção, os avanços que o país conheceu com o Governo de António Costa e os dossiês que dizem respeito à Madeira que foram resolvidos, salientando que o único partido em condições de ter uma vitória e de dar estabilidade ao país é o PS.