Na sua intervenção, José Luís Carneiro realçou a proposta de aumento progressivo do salário mínimo nacional, para os 850 euros até 2025, dando continuidade a uma trajetória consistente iniciada em 2015, a par das propostas de remuneração do trabalho suplementar e de “combate à precariedade e à informalidade das relações laborais”, como exemplos de uma abordagem “construtiva e séria” que o Governo e o PS têm vindo a prosseguir em matéria laboral e social.
O Secretário-geral adjunto socialista referiu-se ainda às iniciativas de propor a “arbitragem obrigatória antes do fim da caducidade” das convenções coletivas de trabalho, e também a de “suspender ‘sine die’ a caducidade” das mesmas, sublinhando, em relação a esta última, tratar-se de um “passo que nem os sindicalistas mais voluntaristas acreditariam que fosse possível dar em relação ao esforço negocial que foi feito”.
Razões que levaram José Luís Carneiro a afirmar a convicção de que os portugueses “sabem bem qual é o partido em Portugal que representa este equilíbrio” entre “crescimento da economia e justiça social”, conciliando políticas de competitividade e investimento com a valorização “de salários, das condições e da dignidade dos trabalhadores”.
“É incompreensível” querer responsabilizar o único partido que votou a favor do OE
José Luís Carneiro realçou também, na sua intervenção, que foi feito, por parte do PS e do Governo, nestas e noutras matérias, “um esforço imenso”, “genuíno, autêntico, verdadeiro” e de “boa fé” para apresentar um Orçamento do Estado para 2022 que “correspondesse aos objetivos de crescimento económico do país, de desafogo das famílias pela via fiscal” e de “valorização do investimento público”, dirigindo, depois, uma crítica a quem faltou ao país.
“É incompreensível que haja quem queira responsabilizar o único partido que votou a favor do Orçamento do Estado pelo chumbo do Orçamento do Estado”, afirmou, considerando que, se há um partido que em todo o processo esteve à altura da defesa do interesse nacional, esse partido foi, indiscutivelmente, o PS.
No seu discurso perante os congressistas, o Secretário-geral adjunto do PS agradeceu ao atual secretário-geral da TSS/UGT, Carlos Silva, por “todo o trabalho e cooperação”, tendo ainda evocado a memória de Rui Oliveira e Costa, antigo dirigente da UGT.
Rui Oliveira e Costa foi um “importante dirigente desta casa, que batalhou durante a sua vida por uma sociedade de progresso, de equilíbrio entre uma economia mais competitiva e a defesa dos direitos sociais fundamentais”, tendo sido também “uma voz política que sempre procurou construir pontes e diálogo”, salientou José Luís Carneiro.