“A política tem muita imprevisibilidade e nós temos que estar preparados para todos os cenários”, respondeu o líder do PS aos jornalistas, dizendo, quando questionado sobre se prevê eleições antecipadas antes do final da legislatura, ser “difícil, nesta altura, fazer essa avaliação”.
“Todos nós gostaríamos que a maioria absoluta tivesse chegado ao fim e não chegou ao fim por razões diversas e inopinadas que ninguém previa que pudessem acontecer”, lembrou, afirmando que o PS “tem que estar sempre preparado e ter uma alternativa credível para que em todas as áreas sejamos capazes de mostrar e dar provas de serviço às populações”.
José Luís Carneiro insistiu na ideia de que, no que depender do Partido Socialista, “haverá estabilidade política” porque é disso que país precisa, vincando que é notório, como foi patente na ação de campanha que realizou ao lado do candidato autárquico a Sesimbra, Sérgio Faias, “um reencontro com os portugueses”.
“Nós temos um rumo e esse rumo trata-se de afirmar uma alternativa credível e sólida ao Governo e nós temos vindo a afirmá-la, como é patente para todos”, considerou.
Questionado sobre as mais recentes notícias em torno do caso da Spinumviva, o Secretário-Geral do PS reafirmou o que sempre tem dito: que mantém plena confiança na justiça e que o primeiro-ministro deve dar as explicações que lhe forem pedidas “quando chegar a hora”, apelando a que se evitem precipitações “em matérias de sensibilidade para o interesse do país”.
“A minha confiança na justiça mantém-se e a justiça fará o trabalho, no momento, com o método que considerar oportuno, e aquilo que eu entendo é que o primeiro-ministro, quando chegar a hora, deve dar as explicações que as autoridades lhe solicitarem”, afirmou.
“Nestas matérias o mais importante é mantermos um sentido de Estado. O sentido de Estado é confiar nas instituições da justiça, confiar na justiça e evitar precipitações”, afirmou.
Questionado sobre se notava alguma diferença entre a posição de António Costa, que se demitiu na sequência da Operação Influencer, e a de Luís Montenegro, José Luís Carneiro recordou que o ex-primeiro-ministro “considerou que, quando apareceu um comunicado da PGR que colocava em causa a sua honorabilidade, em defesa do prestígio das instituições, entendeu apresentar a sua demissão”.
“No momento que o primeiro-ministro considerar oportuno, e assim que as autoridades judiciárias lhe solicitarem as suas informações, deve prestá-las e deve prestar os esclarecimentos que forem exigidos”, reiterou o Secretário-Geral do PS.