“O PS teve, nestas eleições, mais 400 mil votos do que nas eleições legislativas”, destacou o presidente do Grupo Parlamentar do PS durante as declarações políticas no debate desta tarde, agradecendo pela “confiança de mais de 1,8 milhões de eleitores, aproximadamente o mesmo número que em 2021”.
Eurico Brilhante Dias recordou que “o PS é o partido vencedor no conjunto das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, com mais mandatos e mais votos”, sendo o Partido Socialista que “governa metade das capitais de distrito do país, mais duas que o PSD – que soma o Funchal e Ponta Delgada”.
“O PS tem vereadores de norte a sul, mantendo-se como um pilar central da democracia portuguesa”, congratulou-se.
Em seguida, o líder parlamentar criticou mentiras que foram ditas sobre o PS nos meses que antecederam as eleições autárquicas: “O PS tinha 79 câmaras, mais de metade das câmaras que governava, em risco; o PS perderia porque tinha 50 presidentes de câmara que terminavam o último mandato; o PS, dizia um semanário em maio de 2025, iria transferir 21 câmaras para a extrema-direita parlamentar”.
Ora, a verdade é que “o PS, hoje, tem mais 40 vezes presidências de câmara que a extrema-direita parlamentar”, vincou Eurico Brilhante Dias, assegurando que o Chega foi o grande derrotado da noite eleitoral.
Dirigindo-se à bancada do Chega, o presidente do Grupo Parlamentar do PS admitiu ser “um gosto vê-los sentados, derrotados”, em vez de estarem a governar câmaras municipais. “Vistos de perto, localmente, os eleitores afastam-vos do poder, arrumam com o Chega”, atacou.
Pedido para votar em candidatos alinhados com Governo é uma “ignomínia democrática”
Eurico Brilhante Dias considerou depois que a campanha foi feita num “contexto particularmente duro”, porque o Governo da AD “fez campanha eleitoral ao lado dos candidatos do PSD e do CDS e, nalguns casos, da Iniciativa Liberal”, fazendo “anúncios sucessivos” e fingindo que voltava atrás em decisões.
O líder parlamentar socialista mencionou mesmo o último dia de campanha eleitoral, em que o primeiro-ministro “disse aos portugueses que deviam votar em candidatos alinhados com o Governo”, algo que “nunca tinha sido visto” e constitui “uma ignomínia democrática, que não está à altura dos verdadeiros democratas”.
Para Eurico Brilhante Dias, a leitura nacional é clara: “O PSD tem mais presidências de câmara só com as suas coligações; o PS é, aos olhos dos portugueses, a verdadeira alternativa às opções de política do bloco de direita”.
