No encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, no âmbito da auscultação dos partidos sobre a data para a realização das Eleições Legislativas Regionais, compareceram o líder do PS/Madeira, Sérgio Gonçalves, o vice-presidente Miguel Iglésias, o secretário-geral, Gonçalo Aguiar, e o líder parlamentar e diretor de campanha, Rui Caetano.
Um momento em que Sérgio Gonçalves transmitiu ao Chefe de Estado nada ter a opor à data que parece ser consentânea para o ato eleitoral – 24 de setembro – e em que sublinhou a urgência da mudança governativa na Região Autónoma, apontando o PS como o único partido capaz de a concretizar.
“A Madeira está cansada de um governo que está no poder há quase 50 anos, que atropela diariamente a liberdade e a democracia e que se mantém de costas voltadas para os madeirenses”, censura o líder do PS/Madeira, dando conta que o partido anda há meses na rua a ouvir as preocupações das pessoas e assegurando que estas “podem confiar” no projeto socialista, já que é o único com as soluções que se exigem e que fará da Madeira uma terra de oportunidades.
Apreensivo em relação às dificuldades que a população está a enfrentar, Sérgio Gonçalves adianta que um Governo Regional do PS irá apostar em medidas que permitam aumentar os rendimentos das famílias, garantindo a descida dos impostos em 30%, por via da aplicação do diferencial fiscal nas taxas do IVA e em todos os escalões do IRS.
A Saúde é outra das áreas prioritárias, com o presidente dos socialistas a afiançar que irá resolver o problema das listas de espera, que duplicaram desde que Miguel Albuquerque é presidente do Governo. “Ao contrário do que faz o Governo Regional, não faremos um apagão nas listas. Iremos implementar os tempos máximos de resposta garantidos para resolver os problemas dos utentes, mas assegurando total transparência e não omitindo informação, como faz o executivo”, afirma.
Sérgio Gonçalves centrará também as atenções na garantia de habitação condigna para todos os madeirenses, lamentando que, ao longo de décadas, o governo do PSD tenha descurado esta área e, mesmo com as verbas do PRR, vá resolver apenas 30% das carências identificadas.
A estes desideratos, junta-se a aposta na qualificação, na diversificação da economia e na criação de mais e melhores empregos que sejam capazes de fixar os jovens e estancar a emigração. “Nos últimos 10 anos, cerca de 17 mil pessoas foram obrigadas a sair por não terem futuro na Madeira e é urgente inverter esta realidade”, sublinha o líder socialista, frisando que “só com mais saúde, mais habitação, mais educação e mais rendimentos é que faremos da Madeira uma terra de oportunidades”.