“Podem confiar nas candidatas e nos candidatos do PS, porque, mesmo que não alcancem as maiorias que desejavam, serão sempre a garantia destes valores fundamentais. Nunca se colocarão do lado daqueles que querem atacar a democracia”, declarou José Luís Carneiro, em Coimbra.
Numa ocasião que aproveitou para sublinhar ser essa “a diferença clara entre o PS e as forças que hoje alimentam o populismo e a intolerância”, o líder socialista lamentou que haja quem se tenha “deixado confundir” com partidos que corroem os pilares democráticos.
Reforçando o compromisso de lealdade com os portugueses, garantiu que o PS continuará a ser o fiel depositário dos valores de Abril.
“Estamos cá para assegurar aos portugueses que não cederemos, que seremos intransigentes na defesa do Estado de direito democrático”, reforçou.
E neste ponto, evocou o célebre Comício da Fonte Luminosa, em 1975, recordando a firmeza de Mário Soares na rejeição tanto da ditadura da direita como da tentação de uma nova ditadura de esquerda.
“Esse equilíbrio justo, essa coragem democrática, é aquilo que só as mulheres e os homens socialistas sabem fazer”, afirmou.
Num discurso proferido no palco do Convento São Francisco, José Luís Carneiro falou como “Secretário-Geral do PS e futuro primeiro-ministro de Portugal”, comprometendo-se a avançar com uma nova lei das finanças locais e uma nova lei eleitoral para as autarquias, medidas que, vincou, “serão essenciais para reforçar a democracia de proximidade e dar mais meios às comunidades”.
Próximas eleições serão fundamentais para o futuro do país
Rodeado por dezenas de candidatos socialistas, destacou depois a centralidade das eleições autárquicas para o futuro do país.
“Não é possível termos uma grande ambição para o desenvolvimento nacional sem parceiros no poder local democrático que sejam motores de transformação das condições de vida das populações”, sustentou, reafirmando que o objetivo do PS é vencer as autárquicas e ser a primeira força política nestas eleições.
De seguida, reiterar com clareza as prioridades socialistas para o exercício do serviço público nas comunidades locai: habitação, saúde, educação, cultura, ciência e conhecimento.
“O poder local democrático é o coração da democracia portuguesa e é também o coração do PS”, disse o Secretário-Geral socialista, acrescentando que o partido mora “no coração das portuguesas e dos portugueses porque os nossos autarcas são gente que fez, que faz e que continuará a servir o país com dedicação”.
Com mais de 63 mil candidatos espalhados pelas listas socialistas em todo o território nacional, o PS parte para este combate eleitoral “com confiança e determinação”, até porque, na ótica do líder socialista, “as autarquias são fundamentais para concretizar a visão de futuro do Partido Socialista para Portugal”.
Numa intervenção combativa, José Luís Carneiro não deixou margem para dúvidas: o PS é o partido do poder local democrático e a única força capaz de travar quem ameaça a democracia e os valores de Abril.