“Estes resultados demonstram que é possível uma mudança de Governo na Região Autónoma da Madeira”, disse o também cabeça de lista do PS nas eleições regionais antecipadas, salientando que “PS e JPP juntos elegem mais deputados que o PSD”.
Paulo Cafôfo evidenciou que “o PSD teve aqui, nestas eleições, o seu pior resultado de sempre” na Região, com o PS a manter “o mesmo número de deputados das últimas eleições regionais, mas com um maior número de votos”.
“Pela primeira vez temos a possibilidade de construir, através de um acordo partidário, um novo Governo para a Região Autónoma da Madeira sem o PSD”, sublinhou o líder socialista madeirense.
Nesse sentido, anunciou que o PS vai “agora encetar contactos com todas as forças parlamentares, com todos os partidos eleitos que têm representação parlamentar na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira”, estabelecendo que fora desse diálogo ficarão, naturalmente, o PSD e o Chega.
Paulo Cafôfo apontou que o objetivo é garantir condições de estabilidade governativa para a Região, uma solução que o PSD, como lembrou, já mostrou não ser capaz de oferecer, como ficou patente na legislatura que terminou e na relação de confiança que se foi degradando.
“Os madeirenses não querem que se repita a história que levou a estas eleições antecipadas. Os madeirenses querem é que se faça história”, disse Paulo Cafôfo, recordando o lema da campanha socialista: “Vamos virar a página”.
“Queremos construir um novo Governo com estabilidade e um Governo de estabilidade”, enfatizou o presidente do PS/Madeira.
Nas eleições regionais antecipadas de domingo, o Partido Socialista renovou os 11 mandatos na Assembleia Legislativa da Madeira, elegendo, além de Paulo Cafôfo, os deputados Marta Freitas, Ricardo Franco, Sara Cerdas, Emanuel Câmara, Sancha Campanella, Sérgio Gonçalves, Isabel Garcês, Avelino Conceição, Victor de Freitas e Olga Fernandes. O PSD foi o partido mais votado, mas com o seu pior resultado de sempre na Região, elegendo 19 deputados. O JPP foi a terceira força política, com 9 mandatos, o Chega elegeu quatro, o CDS-PP dois, e a IL e o PAN um deputado cada.