“A partir do próximo dia 28 de junho, com uma nova liderança eleita, só pode haver um caminho no PS: unidos, a remar para o mesmo lado e valorizando os melhores para estarem connosco nas eleições autárquicas”, afirmou, reforçando a importância da coesão partidária.
César salientou também a importância de o PS se apresentar como “um instrumento de participação e de inovação”, afastando qualquer ideia de imobilismo ou fechamento.
“Portugal precisa do melhor que sejamos capazes. Teremos tempo, depois, para refletir e para corrigir percursos e voltar a merecer uma confiança reforçada dos portugueses”, sustentou, acrescentando que “agora que estamos a finalizar as listas candidatas às freguesias e aos municípios, temos a obrigação de demonstrar que percebemos que o partido deve ser um instrumento de participação e de inovação e não um espaço de confinamento e de acomodação”.
Reconstruir confiança com emigrantes
O secretário nacional para a Organização do PS, Pedro Vaz, presente no processo de contagem dos votos nos círculos das comunidades portuguesas, reagiu também aos resultados.
“Aquilo que é necessário, a todos os partidos com responsabilidades governativas no nosso país, é reconstruir a relação de confiança com os nossos emigrantes”, declarou esta quarta-feira à noite, na FIL, em Lisboa.
Pedro Vaz reconheceu que o PS não conseguiu convencer o eleitorado de que é a melhor alternativa de governação para Portugal, tanto dentro como fora do território nacional.
“O Partido Socialista perdeu claramente estas eleições e obviamente assumirá, daqui para a frente, uma posição construtiva de oposição e de voltar a conquistar a confiança da maioria dos portugueses no projeto político que temos para o nosso país”, assegurou, para de seguida acrescentar que uma reconstrução da relação do PS com os eleitores passa obrigatoriamente por dar respostas aos problemas dos portugueses.
Referindo que o partido está neste momento já num processo de mudança de liderança, depois da demissão de Pedro Nuno Santos logo na noite das eleições, Pedro Vaz assinalou que o PS “terá um trabalho de reflexão”.
E em nome do partido agradeceu “aos cerca de um milhão e meio de portugueses que continuam a acreditar no Partido Socialista e votaram nos socialistas”, destacando que todos estes votos confirmam que o projeto do PS “continua a fazer sentido para o país”.