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PS desafia Governo a defender reforço do Fundo de Equilíbrio Financeiro e do BCE

PS desafia Governo a defender reforço do Fundo de Equilíbrio Financeiro e do BCE

O PS desafiou hoje o Governo a aceitar um reforço do papel do Fundo Europeu de Equilíbrio Financeiro e do Banco Central Europeu e defender, no próximo Conselho Europeu, as propostas contidas na resolução aprovada pelo Parlamento.

“Portugal tem uma posição muito clara em relação ao próximo Conselho Europeu”, já que “a resolução que foi aprovada por iniciativa do PS constitui um documento que obriga o Governo português a defender as posições nele contidas”, referiu Carlos Zorrinho.

O líder parlamentar socialista referiu depois que “o PS estará muito atento para que o Governo aplique o que foi decidido pela Assembleia da República” e solicitou ao Executivo maior abertura face a posições defendidas pelos socialistas que ainda não foram aceites pela maioria PSD/CDS.

“Por vontade da maioria PSD/CDS, o PS reconhece que esse documento contém duas lacunas, uma que permitiria reforçar o papel do Fundo Europeu de Equilíbrio Financeiro – uma das soluções que está a ser pensada para resolver os problemas das dívidas da Itália e Espanha – e outra destinada a reforçar o papel do Banco Central Europeu. Se o Governo quiser colmatar essas lacunas, obviamente que é com muito interesse que o PS trabalhará com o executivo”, declarou.

Carlos Zorrinho revelou que têm existido “ao longo dos últimos dias conversas informais” com o Governo, com vista a negociar uma posição comum em relação ao próximo Conselho Europeu.

“Só faz sentido fazer reuniões formais se houver disponibilidade da parte do Governo de passar das palavras aos atos. Se o Governo quiser passar aos atos naquilo que foi antes chumbado no Parlamento, mas que se mostra cada vez mais importante para a economia, o PS está completamente disponível para reunir formalmente e trabalhar em conjunto”, disse.

Sobre a possibilidade de os líderes europeus decidirem comprar obrigações de Espanha e de Itália, no valor de 750 mil milhões de euros, para estabilizar os mercados, o líder parlamentar do PS disse esperar que esse cenário se concretize.

“Se isso acontecer estamos perante um reforço do papel do Fundo Europeu de Equilíbrio Financeiro. Sabemos que a Alemanha tem resistências, mas também sabemos que é uma boa solução para Itália e Espanha e, como tal, é igualmente uma boa solução para Portugal”, defendeu.