Em declarações aos jornalistas, após o encerramento da Convenção do BE, em Lisboa, o ‘número dois’ da direção socialista começou por saudar, em nome do PS, Mariana Mortágua pela eleição como nova coordenadora daquele partido, comentando, contudo, que o Partido Socialista não se confunde “nem quanto aos adversários, nem quanto aos inimigos”, apontando que “os inimigos são os populismos e o adversário é a direita”.
“E aquilo que estou profundamente convencido é de que a generalidade dos portugueses desejaria também que o Bloco de Esquerda não voltasse a confundir-se em relação a este quadro de identificação daqueles que são os nossos verdadeiros inimigos e daqueles que são os nossos verdadeiros adversários”, defendeu.
O Secretário-Geral Adjunto dos socialistas defendeu, neste sentido, que o BE, no seguimento das proclamações políticas feitas nesta Convenção, “tem de se encontrar consigo próprio” e “centrar-se noutros aspetos mais importantes da vida política, e não tanto a tentar reescrever a história daquilo que aconteceu em 2021 e que depois conduziu à convocação de eleições”. Lembrando, a este propósito, que o resultado das legislativas do ano passado traduziu, com clareza, “a expressão da vontade popular e da confiança que os portugueses depositaram no PS”.
João Torres indicou igualmente que “não será pelo Partido Socialista que será reerguido o muro que ajudamos a derrubar em 2015” e disse que os socialistas estão “focados em recuperar a economia” e “projetar políticas sociais progressistas”.
“Se há algo que tem caracterizado a maioria do Partido Socialista é o facto de termos sido, estarmos a ser e seguramente continuarmos a ser uma maioria profundamente dialogante” e “cumpridora do seu programa eleitoral”, realçou.