PS defende um SNS igual para todos os portugueses
O Secretário-geral do PS defendeu que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) representa um grande contributo no combate à pobreza, à exclusão social e às desigualdades sociais, acusando o Governo de “tudo ter feito para o destruir ao longo destes três anos”.
António José Seguro, discursando na sessão de homenagem a António Arnaut promovida pelo Partido Socialista por ocasião do 35º aniversário do SNS, admitiu que o chocou “ouvir o primeiro-ministro dizer que tudo fará para garantir a sobrevivência do SNS, depois de tudo ter feito para o destruir ao longo destes três anos”.
“Eles não compreendem a importância do SNS. E, por isso, tudo têm feito para o destruir, para o diminuir, criar-lhe ruturas e baixar a sua qualidade. Nós não aceitamos em Portugal cuidados de saúde para os que têm dinheiro e outros cuidados para os que não têm posses”, alertou.
O líder do PS defendeu que um país justo “tem um Estado forte, que não é capturável pelos interesses e que separa claramente política e negócios. Um país justo é simultaneamente capaz de ter políticas públicas que traduzem a seguinte máxima: Todos tratamos de todos”.
António José Seguro lembrou que, a par da educação, “não há nada que mais contribua para combater a pobreza, a exclusão social e as desigualdades sociais e territoriais do que um bom SNS”.
O Secretário-geral do PS elogiou António Arnaut, presente na cerimónia: “Queremos aqui agradecer a visão de um homem e a importância política de reafirmar que, para o PS, o SNS não é um capricho, nem um ato para ficar na memória e história do país, mas sim um instrumento para a promoção da igualdade. António Arnaut é um camarada solidário, que nunca esqueceu as suas origens e que nunca perde uma oportunidade para afirmar as suas convicções e os seus valores. Sou um seu admirador como camarada, um admirador como republicano e um admirador como homem cívico”.
António Arnaut, no seu discurso, defendeu que o Serviço Nacional de Saúde “não pode ter taxas moderadoras tão elevadas, que dificultem ou impeçam o acesso à saúde. Um próximo Governo socialista deverá reduzir as taxas moderadoras, pelo menos para o limite que tinham no Governo anterior”.
“Nós defendemos condições de igualdade, porque sabemos que só assim se dará conteúdo à liberdade. A direita só sabe o que é a liberdade económica”, acrescentou.