PS defende que há razões para confiança mas região de Lisboa suscita acompanhamento
“As palavras confiança e responsabilidade são as que correspondem àquilo que foi possível conhecer sobre a evolução realizada em função da última fase de desconfinamento. Há confiança porque na generalidade do país se verifica uma redução do número de recursos às unidades hospitalares, uma redução do número de recursos aos cuidados intensivos, bem como uma descida ao nível do número de óbitos”, afirmou o secretário-geral adjunto do PS, no final de mais uma reunião com epidemiologistas, no Infarmed, em Lisboa.
“Estes indicadores ilustram que há razões para termos confiança, embora com os cuidados que são exigidos no que diz respeito à região de Lisboa e Vale do Tejo, nomeadamente no que respeita à obrigação de um acompanhamento mais detalhado da parte das autoridades de saúde, quer na identificação das fontes de contágio, quer no isolamento, acompanhamento e tratamento dos cidadãos que têm tido contacto com a epidemia”, apontou.
José Luís Carneiro considerou neste contexto que Portugal “é um dos países europeus que continua com níveis de confinamento mais elevados, tirando dois ou três outros países europeus”.
“Verifica-se que o contágio está nos níveis que eram expectáveis em termos de manutenção dos níveis para o Serviço Nacional de Saúde poder garantir segurança a todos aqueles que venham a ter necessidade do seu apoio e suporte. Mas é evidente que nada dispensa uma atitude de responsabilidade individual e coletiva”, sublinhou o secretário-geral adjunto do PS.
Sobre a situação sanitária em na área metropolitana de Lisboa, José Luís Carneiro afirmou: “Há ainda questões para esclarecer. Importa esclarecer se o aumento do contágio em determinados locais da região de Lisboa e Vale do Tejo resulta exclusivamente da realização de um maior número de testes, ou se efetivamente existem outras razões que explicam a manutenção do atual nível de contágio”.
José Luís Carneiro disse que está em análise a hipótese de as regiões Norte e Centro terem atingido mais cedo um pico em termos de contágios de covid-19, e que a região de Lisboa e Vale do Tejo, nos meses anteriores com poucos casos, esteja agora a conhecer esse pico em termos de novas infeções.