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PS defende posição unânime de repúdio a eventuais sanções ao país

PS defende posição unânime de repúdio a eventuais sanções ao país

O Partido Socialista, pelo seu porta-voz João Galamba, defendeu hoje a importância para o país de uma posição unânime perante as instituições europeias, através de uma resolução da Assembleia da República, de repúdio a uma eventual aplicação de sanções a Portugal pela avaliação ao défice nacional registado em 2015.
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João Galamba revelou ainda que o texto de resolução que o PS irá apresentar nesse sentido vai ser objeto de negociação com as restantes bancadas parlamentares, devendo ser votado em plenário na próxima semana.

Depois da proposta de um consenso alargado em torno desta matéria de interesse estratégico nacional ter sido avançada esta semana pelo presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, o dirigente e parlamentar socialista reforçou a ideia de que as últimas semanas “parecem ter revelado um certo consenso em relação à questão das sanções, no sentido de que seriam injustas face ao panorama europeu e, sobretudo, contraproducentes para Portugal”.

“Uma resolução da Assembleia da República permitiria confirmar esse aparente consenso, verificando se existe mesmo e se há ou não uma unanimidade perante a eventualidade de aplicação de sanções a Portugal. Havendo uma unidade de todos os partidos na rejeição das sanções, bem como na argumentação contra a eventual aplicação dessas mesmas sanções, penso que tal seria muito importante para a posição do país” perante as instituições europeias, sustentou o porta-voz socialista.

João Galamba sublinhou, a propósito, que a posição recentemente assumida pela líder do CDS, de que uma eventual aplicação de sanções ao país decorreria já de uma avaliação à atual governação, quando estão em causa os resultados relativos a 2015, “torna-se pouco inteligível”.

“Compreendo que a líder do CDS faça essa afirmação, porque tem interesse em fazê-la, mas parece-me que isso não está em discussão. O mais importante é que o país se mostre unido na possibilidade de rejeição de sanções e, sobretudo, no que respeita à dimensão totalmente contraproducente que a aplicação desse tipo de penalizações teria em relação à situação económica e até quanto à capacidade de Portugal honrar os seus compromissos em matéria de finanças públicas”, afirmou.

João Galamba classificou ainda como “naturais” as diligências externas feitas pelo Presidente da República, nomeadamente na sua recente deslocação à Alemanha.

“Quanto mais o país se mostrar unido e preocupado com essa possibilidade, dando alguma tranquilidade ao atual Governo para cumprir os compromissos que assumiu e executar o seu Orçamento, considero que é positivo. Mostra que o país e os seus principais agentes políticos, pelo menos alguns, estão alinhados e têm interesses partilhados”, acrescentou.