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PS defende medidas concretas para o SNS

PS defende medidas concretas para o SNS

Na sessão em Alfândega da Fé, inserida na semana “Em Defesa da Saúde”, o PS ouviu relatos de pessoas que estão a deixar de fazer tratamentos e consultas devido aos cortes no transporte de doentes não urgentes.

“É inadmissível” que se deixe um doente sem levar uma transfusão de sangue por falta de transporte”, constatou Álvaro Beleza, do secretariado nacional do PS, depois de ouvir o relato de Carolino Leitão, um idoso de 78 anos.

As corporações de bombeiros conhecem bem esta realidade e para o presidente da federação deste distrito, Diamantino Lopes, “parece que o Governo tem o objetivo oculto de provocar a morte de pessoas com idade avançada para não pagar reformas”.

O sentimento é partilhado pela presidente da Câmara, Berta Nunes, que não aceita que estas pessoas sejam “condenadas a morrer antes de tempo por falta de acesso aos cuidados de saúde”.

A socialista, médica de profissão, está a fazer um inquérito à população para identificar os problemas e parte das pessoas que participaram hoje na sessão da iniciativa “avaliar o presente, e perspetivar o futuro”, foram identificadas desta forma.

“Há aqui alterações a introduzir”, defendeu a ex-ministra da Saúde de António Guterres, acrescentando que o PS “nas várias formas da sua intervenção analisará todas as temáticas que lhe forem apresentadas no decurso desta semana sobre a saúde” e apresentará medidas concretas na Assembleia da República.

Para Maria Belém Roseira, “esta é uma tarefa que no Ministério da Saúde não tem que ver apenas com a decisão dos políticos, tem que ver com a decisão dos profissionais, tudo isto tem de ser feito num ambiente de grande concertação social”.

“Mas todos de acordo com uma filosofia de base: o sistema não existe para ele próprio, existe para servir as pessoas e portanto todos devemos trabalhar com esse sentido de orientação”, acrescentou.

A dirigente socialista acrescentou ainda: “Não se trata de uma gestão assente apenas em números, tem de ser uma gestão assente na capacidade de nos colocarmos no lugar da pessoa que sofre”.