PS defende humanização aliada à segurança no parto
“As normas de controlo e prevenção hospitalar e assepsia bem como protocolos e normas de orientação clínica vieram ainda melhorar os indicadores atrás referidos”, afirmou, no debate de projetos de resolução acerca do cumprimento dos direitos das mulheres na gravidez e no parto, do PAN, PEV e PCP, na Assembleia da República.
Apesar de ter recordado as “evoluções ímpares”, que muito contribuíram para a evolução dos principais indicadores ao longo das últimas décadas e que permitiram ao sistema nacional “afirmar-se como um dos mais seguros neste capítulo”, o socialista acredita que tudo se deve fazer para “humanizar este momento e transformá-lo num momento de envolvimento psicológico para a tríade pai-mãe-criança”.
“Saudamos por isso PAN, PEV, PCP pelas iniciativas apresentadas, pois neste país, fundado em ideais de liberdade e equidade não pode haver leis dúbias que coloquem em causa a igualdade de acesso”, afirmou. “Num país de bases ideológicas assentes na igualdade de oportunidades, não pode ser o momento do parto, um momento de discriminação, para a criança, para o pai e para a mãe”, acrescentou.
António Sales revelou também que a atual legislação “sendo menos clara nalguns aspetos não pode nem deve servir de elemento condicionador aos direitos de família e ao conjunto de opções que depois de devidamente salvaguardadas as condições de segurança, preservem as respostas hoje possíveis e aquelas que são consideradas do ponto de vista científico como as melhores práticas no plano internacional”. Por isso, revelou que o PS acompanharia todas as propostas em discussão, mas não deixou de advertir: “Para o grupo parlamentar do PS é imperativo que a segurança da mãe e do bebé sejam sempre acauteladas, e que os níveis de qualidade e segurança a que o SNS nos habituou, continuem a contribuir para que Portugal seja hoje uma referência a nível mundial, dos cuidados de saúde materno-infantis”.