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PS defende a refundação do projeto europeu com maior integração política

PS defende a refundação do projeto europeu com maior integração política

O PS defende uma “refundação” do projeto europeu com “maior integração política”, afirmou hoje Ana Catarina Mendes no final da X Convenção do Bloco de Esquerda, numa declaração em que também manifestou que o PS “sempre acreditou num projeto europeu de coesão social, de solidariedade e da paz, com maior integração política” e que acredita que “a União Europeia não vai impor sanções a Portugal – seria uma injustiça face ao esforço que os portugueses fizeram ao longo dos últimos anos”.

“Este é um tempo em que a Europa tem de refletir e encontrar as soluções que os cidadãos necessitam. Por isso, não é tempo para estarmos a falar em referendos, mas sim de uma reinvenção e de uma refundação do próprio projeto europeu, que está com enormes problemas”, declarou a dirigente socialista do PS.

Ana Catarina Mendes frisou depois que o PS “sempre acreditou num projeto europeu de coesão social, de solidariedade e da paz, com maior integração política”.

“É nisso que estamos empenhados. O PS e este Governo já demonstraram que têm feito voz grossa no sentido de defender os interesses de Portugal e, por isso, sempre rejeitaram quaisquer sanções ao país, porque não seriam merecidas após o esforço feito pelos portugueses e, igualmente, porque não são necessárias quando se está a inverter o rumo da austeridade e a lutar também para que a Europa mude a sua política”, alegou a secretária-geral adjunta dos socialistas.

Numa alusão ao resultado do recente referendo realizado no Reino Unido, em que a maioria dos cidadãos britânicos optou pela saída da União Europeia, Ana Catarina Mendes defendeu que a Europa “tem de perceber os sinais dados nos últimos tempos e tem de inverter as políticas de austeridade”.

“Quero acreditar que a União Europeia não vai impor sanções a Portugal. Seria uma injustiça face ao esforço que os portugueses fizeram ao longo dos últimos anos”, afastando assim este cenário.

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Interrogada sobre as reivindicações do Bloco de Esquerda para o Orçamento do Estado para 2017 em matéria de pensões e de apoios sociais, Ana Catarina Mendes recusou-se a comentá-las, alegando que o Orçamento só começa a ser negociado “nos próximos tempos”.

A secretária-geral adjunta do PS referiu então que os acordos de incidência parlamentar para a viabilização do Governo têm como pressuposto uma negociação ano a ano de cada Orçamento do Estado.

“Na altura, veremos o que deve ser feito. Não é o momento para nos pronunciarmos sobre propostas em concreto. Essas negociações decorrerão a seu tempo”, reagiu a secretária-geral adjunta do PS.

Ana Catarina Mendes manifestou-se depois certa que em 2017 o país terá “outra vez um Orçamento amigo das famílias, amigo das empresas e amigo do crescimento, com recuperação da economia portuguesa”.

 

2016 06 26 X Convenção do Bloco de Esquerda

Segundo Pedro Nuno Santos, que também integrou a delegação do PS que esteve presente na X Convenção do Bloco de Esquerda, “o BE é um dos partidos que apoia este Governo. Esse apoio, depois desta convenção, como puderam todos ver, continua firme e é isso que é mais importante para o Governo e para Portugal” e afirmou que este não é “o tempo para referendos”.

Para o governante “é tempo para nós defendermos uma Europa capaz de responder aos problemas sentidos pelos povos europeus e esse é um objetivo também nosso”. Para o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares “as inquietações que o BE revela sobre a União Europeia” são partilhadas pelo Governo.