PS continuará a defender o interesse dos trabalhadores, reformados e pensionistas
“Nas últimas semanas, os partidos da direita entraram definitivamente em modo de campanha eleitoral. Sobre as eleições europeias não têm dito muito, o que é proporcional ao pouco ou nada que têm feito na Europa, e o que fizeram preferem esconder”, atacou o socialista durante o debate quinzenal com a presença do primeiro-ministro.
Ora, “nos intervalos em que não faltaram às suas obrigações no Parlamento Europeu, os candidatos da direita lá estavam a defender força máxima nas sanções contra Portugal quando começámos a aumentar salários e pensões”, recordou.
PSD e CDS “querem que o país esqueça o que andaram a dizer e a fazer na Europa, mas nós cá estamos para lembrar”, asseverou.
Relativamente à política nacional, “o problema é outro”. Segundo Tiago Barbosa Ribeiro, “PSD e CDS já vão dizendo algumas coisas, mas aí percebemos porque é que o povo diz que algum silêncio é mesmo de ouro: sempre que falam, desfazem a ilusão de que aprenderam com os erros e mostram que as supostas novas ideias não passam de uma cinzenta recauchutagem do passado”. Desde as críticas aos passes sociais – que PSD e CDS “tentaram desmantelar” – ao “velho sonho da privatização da Caixa Geral de Depósitos”, apontou.
Centrando-se no PSD, Tiago Barbosa Ribeiro considerou que se trata de “um partido que teima em querer voltar para trás num país que andou para a frente com a governação socialista”. E uma prova de que tal é verdade é o que este partido quer fazer na Segurança Social.
“Os principais inimigos da sustentabilidade da nossa Segurança Social são aqueles que defendem a flexibilização laboral, que estiveram contra a regularização dos precários, que se opuseram ao aumento dos salários e que recusaram diversificar as fontes da Segurança Social”, sublinhou o parlamentar.
O deputado do PS recordou ainda que PSD e CDS abalroaram “a confiança dos portugueses no sistema quando propuseram um corte de 600 milhões de euros nas pensões a pagamento e quando puseram no programa eleitoral que iam privatizar uma parte dos seus descontos”.
Por isso, deixou um aviso à líder do CDS Assunção Cristas: “Da próxima vez que for a uma empresa falar com trabalhadores e criticar este Governo, como ainda fez na semana passada, dizendo que os rendimentos são baixos, pode aproveitar e pedir-lhes desculpa por ter votado nesta Assembleia contra os aumentos de salários e pensões”.
Sucesso da política do Governo comprovada com resultados do Fundo de Estabilização da Segurança Social
Ora, Tiago Barbosa Ribeiro garantiu que para o PS “não é possível resolver a sustentabilidade financeira ou social da Segurança Social se não houver emprego e salários dignos, porque sem eles não há contribuições e os défices surgem, sendo que a instabilidade laboral também impede muitos portugueses de terem filhos, algo essencial, a par da imigração, para a inversão da nossa tendência demográfica”.
E asseverou que o “Partido Socialista cá estará para a defesa do interesse geral de todos os trabalhadores, reformados e pensionistas”.
“Temo-lo demonstrado ao longo da legislatura e podemos medir o sucesso desta política com os resultados do Fundo de Estabilização da Segurança Social, garante último os pagamentos das pensões, que ultrapassou pela primeira vez os 18 mil milhões de euros”, frisou.
Governo está a retomar informatização da Segurança Social cortada pela direita
Já a deputada do PS Wanda Guimarães abordou, durante a sua intervenção, o funcionamento da Segurança Social. “No anterior Governo houve um desinvestimento deliberado no sistema informático da Segurança Social já em marcha e que estava a preparar a digitalização total das carreiras contributivas”, recordou.
Deste modo, o “cálculo de um pedido de pensão poderá levar à consulta de arquivos físicos diversos e dispersos, ocasionando atrasos óbvios se se quiser garantir um cálculo rigoroso do montante”, explicou a socialista.
Wanda Guimarães assinalou que o Governo do PS está a “retomar a informatização onde a direita a cortou”, dando exemplos como o novo simulador de pensões, o desenvolvimento de novas funcionalidades, redesenho de processos, alteração de procedimentos e renovação do parque informático.
Para além da informatização, o Executivo socialista está também a apostar no reforço dos recursos humanos “através de procedimentos concursais internos, mas também de um concurso externo – mais 70 funcionários para o Centro Nacional de Pensões”, congratulou-se.