PS constata vazio da oposição

Não tem “uma única ideia para o país”, afirmou a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, referindo-se ao líder do PSD.

Numa análise ao discurso do líder do principal partido da oposição, a secretária-geral adjunta do PS considerou que Rui Rio, “mais uma vez, demonstrou ter escolhido o caminho mais fácil, o caminho derrotista, do bota-abaixo, de dizer que está tudo mal”.

“Nos últimos três anos”, o nosso país “recuperou significativamente daquilo que tinham sido as medidas da austeridade do seu próprio partido (PSD)”, salientou a dirigente socialista, ontem, em Almodôvar, distrito de Beja.

“E eu não sei bem em que país vive Rui Rio, mas seguramente tem estado ausente de Portugal”, questionou com ironia Ana Catarina Mendes face ao desfasamento entre a realidade e a retórica do líder social-democrata.

Afirmando que o líder do PSD “continua a falar para dentro do seu próprio partido”, a deputada socialista manifestou que “nós [PS] até compreendemos, porque está à procura de um caminho para o PSD”. Todavia, “o preocupante é Rui Rio dizer que fala para o país”, mas “continuar a não ter uma única ideia, um único projeto e um único rumo” para Portugal, advertiu a dirigente socialista.

A secretária-geral adjunta recordou que, em 2015, o Governo do PS “encontrou os serviços públicos depauperados, da educação à saúde, da justiça aos transportes públicos”, devido a “uma estratégia levada a cabo pelo PSD e pelo CDS, que apostavam na privatização da Segurança Social, do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública”, disse Ana Catarina Mendes referindo-se à atuação do anterior governo.

Considerando que “há muito para nós fazermos e para melhorarmos, depois do que foi o ataque sem precedentes aos serviços públicos”, a dirigente socialista revelou que existem hoje “mais profissionais de saúde, mais investimento na saúde, melhor escola pública e mais apoio aos transportes públicos”.

“Todos os indicadores económicos demonstram” que o país tem hoje “um nível de crescimento económico acima da média europeia e mais emprego”, resultados que têm sido alcançados com sustentabilidade e “rigor na gestão das contas públicas”, salientou a secretária-geral adjunta do PS.