“O que transmiti ao senhor Presidente da República foi, no essencial, que, atendendo aos resultados eleitorais e à circunstância da AD ser a coligação mais votada, o que é normal e o que decorre dos normativos aplicáveis é a indigitação do dr. Luís Montenegro como primeiro-ministro”, referiu Carlos César aos jornalistas.
O também líder interino do PS, que esteve acompanhado pelo dirigente João Torres, assegurou que os socialistas não vão acompanhar qualquer iniciativa que impeça a constituição do Governo, respeitando “o entendimento que os portugueses tiveram”.
“O nosso entendimento é que a vontade popular deve ser respeitada. E, portanto, o Partido Socialista não contemporizará com qualquer iniciativa que obste à viabilização do Governo que decorre das eleições. Não se trata de subscrever, no todo ou em parte, o programa eleitoral da AD ou o programa do Governo, trata-se de subscrever o entendimento que os portugueses tiveram do Governo que pretendem na próxima Legislatura. E essa é a nossa obrigação”, notou.
Carlos César disse ainda ter transmitido ao chefe do Estado que “o PS tem a maior disponibilidade para o diálogo” com todas as forças políticas, desde logo em relação à eleição da mesa e do novo presidente da Assembleia da República.
“Nós entendemos que o presidente da Assembleia e a mesa são, também eles, o resultado da representatividade de cada um dos partidos no quadro parlamentar. O que significa que à AD incumbe, naturalmente, apresentar o candidato a presidente da AR e ao PS o seu candidato a vice-presidente. E sobre essa matéria temos o entendimento de que todos os que têm esse direito apresentam os seus candidatos e todos devem eleger o que todos propõem”, afirmou o presidente socialista.