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PS considera inaceitável aumento sistemático de impostos

PS considera inaceitável aumento sistemático de impostos

O PS considera inaceitável a ameaça de um novo aumento de impostos, que surge depois do primeiro ministro  ter admitido que essa seria a alternativa a um chumbo do Tribunal Constitucional ao Orçamento do Estado. Mais uma vez, o Governo aposta na austeridade e cortes cegos, não optando por soluções sustentáveis de crescimento.

“No ano passado, o Governo e a Comissão Europeia tudo fizeram para diabolizar o Tribunal Constitucional e para pressionar uma decisão favorável quanto à constitucionalidade do Orçamento do Estado”, não tomando em consideração a Constituição, afirma Óscar Gaspar. Para o dirigente socialista, “este ano o Governo fez de conta que leu o Acórdão e que conformava as políticas à Constituição”. No entanto, o Executivo “limitou-se à receita do costume: cortes na função pública e nas pensões, e aumento de impostos”. E a agenda escondida é cada vez mais do mesmo: mais impostos, mais cortes nos rendimentos e encerramento de serviços públicos.

Há duas semanas, o primeiro-ministro acabaria por confirmar que a alternativa que o Governo tinha era aumentar os impostos, tendo ontem afirmado que a política de austeridade cega implementada nos últimos três anos não foi imposta pela troika. Como o Partido Socialista sempre afirmou, havia alternativas às medidas impostas e estas foram uma decisão do Governo, que não hesitou em aplicar medidas extremas que, na prática, resultaram em empobrecimento e crise, sem que existam sinais de melhoria real na situação do país e dos portugueses.

“Três anos depois da tomada de posse deste Governo”, diz Óscar Gaspar, “a verdade é que não houve alteração fundamental das exportações nem da economia. E, do ponto de vista da economia, a solução do aumento sistemático dos impostos é absolutamente inaceitável”, o que foi confirmado novamente pelo parecer de ontem do Conselho Económico e Social.