“Hoje foi um dia importante para o interior de Portugal e para o Algarve”, assinalou Pedro Nuno Santos em declarações à comunicação social no final do debate em que o projeto de lei do PS foi aprovado na generalidade.
“Depois de o Governo do PS ter reduzido as portagens durante os últimos anos, finalmente conseguimos abolir as portagens no interior do país e no Algarve, cumprindo aquilo que era uma promessa eleitoral do Partido Socialista”, vincou.
O Secretário-Geral do PS explicou que o custo desta medida – cerca de 150 milhões de euros – estava enquadrado no cenário macroeconómico do Partido Socialista e garantiu que cumpre esta promessa eleitoral “com o orgulho de quem está a cumprir a sua missão com sentido de responsabilidade”.
“Trabalha-se no Governo e trabalha-se no Parlamento”, assegurou Pedro Nuno Santos, explicando aos críticos que “o Partido Socialista está no Parlamento para fazer trabalho, para aprovar as suas propostas, para melhorar a vida do povo português”.
Sobre as críticas de que o PS fez um entendimento com o Chega para a aprovação do projeto, o líder socialista refutou estas acusações. “Não há aqui coligações negativas. O PS está a fazer o seu trabalho”, asseverou.
Pedro Nuno Santos sublinhou que “uma prova de que não há nenhuma coligação negativa” é que o PS é contra a proposta do Chega e nunca a viabilizaria. “Quando for submetida a votação, terá o chumbo do Partido Socialista”, atestou.
PS na oposição faz mais do que o PSD no Governo
O Secretário-Geral do PS assinalou também que se cumprem hoje 30 dias desde que o Governo entrou em funções: “No final destes 30 dias, nós retiramos uma mudança do logotipo, uma proposta de redução do IRS que se revelou falsa, a promoção da instabilidade em vários serviços da administração pública sem que seja justificado ou explicado de forma cabal e convincente as razões para essas substituições. E agora tivemos, da parte do senhor ministro das Finanças, uma dramatização da situação das contas públicas que faz lembrar o ‘discurso da tanga’ do ex-primeiro-ministro Durão Barroso”.
Para Pedro Nuno Santos, são sinais da “preparação do terreno político em Portugal para que o PSD não cumpra as promessas com que se apresentou a eleições”.
Algo que já tinha sido antecipado pelo Partido Socialista: “Tivemos oportunidade, durante toda a campanha, de dizer várias vezes que o cenário macroeconómico que a AD apresentava era irrealista”.
“Em vez de termos um Governo que governa e que é um elemento de estabilidade no país, temos um Governo que é foco de instabilidade na administração pública, que dramatiza de forma catastrofista a situação das contas públicas – que estão bem como não estavam há muitos anos em Portugal –, e isso, obviamente, é preocupante”, considerou.
Perante este cenário, pode concluir-se que “o Partido Socialista na oposição está a conseguir fazer mais do que o PSD no Governo”, sintetizou o líder do PS.
“Esperávamos que, ao fim de um mês, o Governo fosse o elemento promotor da estabilidade e do bom ambiente político, e não o contrário”, comentou Pedro Nuno Santos.