“Portugal é o segundo país do mundo com maior percentagem de vacinados contra a Covid-19: 77% da população com vacinação completa e 86% com, pelo menos, uma dose administrada”, frisou o deputado socialista durante o período de declarações políticas na reunião da comissão permanente da Assembleia da República, destacando que 81% dos jovens entre os 12 e os 17 anos já têm uma dose e 25% a vacinação completa.
Trata-se de um “sucesso de todos” – dos “portugueses, dos profissionais de saúde, da capacidade de resposta do SNS, da ‘task force’ e da sua liderança, da atuação do Governo e da ação coordenada da União Europeia”, vincou.
Para João Paulo Correia, “os resultados do processo de vacinação não fazem esquecer o que ouvimos meses a fio da parte dos que pouco ou nada fizeram pelo Serviço Nacional de Saúde”, já que “disseram que ia faltar tudo no SNS, que os médicos iam ter a necessidade de escolher quem vivia e quem morria” e ainda que “a vacinação ia ser um desastre”.
“Os que disseram estas mentiras deviam estar aqui hoje a pedir desculpa perante os portugueses”, asseverou o vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS, que lembrou que “no momento mais crítico e desafiante para a saúde pública foi e tem sido a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde a fazer a diferença”. E “uma grande parte desta capacidade de resposta do SNS deve-se ao reforço do investimento que o Governo iniciou no final de 2015”, acrescentou.
OE 2021 tem sido um orçamento de combate à crise
João Paulo Correia referiu depois que, “no final do semestre anterior, o debate sobre a recuperação económica identificou três eixos fundamentais: o controlo da pandemia e o sucesso do processo da vacinação; a adaptação das medidas de apoio às famílias e às empresas mais atingidas pela crise; e o crescimento das exportações e do investimento”.
Aqui o socialista considerou “inevitável” fazer uma comparação da resposta do Governo do PS a esta crise “com a resposta que a direita deu à crise anterior”.
Ora, “a direita escolheu a austeridade”, tendo sido uma “resposta tremendamente errada”, destacou. Já o atual Executivo “não poupou no apoio às famílias e às empresas”.
“Na crise anterior atingimos 18% de desempregados, nesta crise tivemos um máximo de 8% de desempregados e estamos neste momento com cerca de 6,5%”, apontou.
João Paulo Correia explicou que “o excedente orçamental que antecedeu a inesperada e brutal crise pandémica foi determinante para a mobilização imediata das medidas necessárias de resposta à crise” e que o “Orçamento do Estado para 2021 tem sido um orçamento de combate à crise”.
“O aumento extraordinário das pensões mais baixas, o aumento do mínimo de existência para o pagamento de IRS, o aumento do montante do subsídio de desemprego, o alargamento do prazo do subsídio de desemprego, o ‘lay-off’ a 100% e a nova prestação social são medidas que só chegaram e chegam às famílias e às empresas porque o Orçamento do Estado foi aprovado”, sintetizou.
Neste ponto voltou a recordar o voto contra o Orçamento por parte do PSD: “Votou contra, acusando o Governo de dar tudo a todos. O PSD acusou o Governo de levar longe demais a despesa pública, mas sem nunca dizer que despesa cortaria”.
Ora, “passados poucos meses, novamente por mero tacticismo, ouvimos o PSD exigir mais despesa pública, contrariando e desdizendo o principal motivo do seu voto contra o Orçamento”, lamentou o parlamentar.
João Paulo Correia concluiu a sua intervenção destacando que “o crescimento económico no segundo trimestre veio confirmar a trajetória de recuperação para 2021”.
“A economia portuguesa cresceu 4,9% no segundo trimestre deste ano, face ao trimestre anterior. Este foi o segundo maior aumento entre os países da União Europeia”, sublinhou.