“A missão do PS nas próximas eleições autárquicas é clara: vencer pelos portugueses e continuar a aprofundar a política de proximidade, que faz do PS a maior força partidária do país”, acentuou o líder socialista, destacando a candidatura de Isabel Ferreira, atual deputada e anterior secretária de Estado do Desenvolvimento Regional e da Coesão Territorial, e da Valorização do Interior, à autarquia da capital de distrito.
“Com um percurso sólido e provas dadas, Isabel Ferreira lidera uma candidatura com energia, ambição e visão para transformar Bragança”, apontou.
Na sua intervenção, Pedro Nuno Santos evocou também o trabalho dos socialistas na valorização do território, em particular do interior do país, de que é exemplo o fim das portagens, em contraste com a posição do PSD e do atual executivo de Luís Montenegro, que foi contra a iniciativa do PS.
“O Governo nunca percebeu a nossa razão para acabar com as portagens no interior. Não entendem porque não têm visão nem compromisso com a justiça territorial. É um Governo que ignora a qualidade de vida dos portugueses que vivem no interior e os prefere deixar para trás”, salientou o líder socialista, que prosseguiu na crítica ao desinvestimento a que o Governo da AD tem votado os territórios do interior.
“Nós tínhamos um plano para a valorização do interior de 6 mil milhões de euros, da responsabilidade da Ana Abrunhosa [ex-ministra da Coesão Territorial, que esteve também presente na apresentação] e da Isabel Ferreira, para desenvolver o território do interior, para aproveitar todo o território e que a direita travou”, recordou.
PSD usa Governo para tratar da vida de autarcas em final de mandato
Numa intervenção muito aplaudida, o Secretário-Geral do PS estendeu também as críticas à prática reiterada que o PSD tem vindo a desenvolver, nos seus 10 meses de Governo, de instrumentalizar e usar o Estado para acomodar em novos cargos os seus autarcas em fim de mandato.
“Em cima da incompetência, da incapacidade de nos apontarem um caminho ou de resolveram problemas, o PSD usou bem estes 10 meses, mas foi para tratar da vida dos seus autarcas que estão em fim de mandato”, afirmou.
Pedro Nuno Santos deu, entre vários exemplos, na região de Bragança, o de Hernâni Dias, que abandonou mais cedo o cargo de presidente da câmara local para integrar o Governo como secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, do qual, entretanto, se viu forçado a demitir-se por causa da criação de duas empresas imobiliárias quando já era governante, ou de Jorge Fidalgo, presidente do município de Vimioso, agora diretor de Segurança Social do Centro Distrital de Bragança.
“O PSD tem usado o Estado para tratar de problemas partidários e para se preparar para umas eleições autárquicas. Usa e instrumentaliza o Estado em benefício do seu partido”, apontou Pedro Nuno Santos, acrescentando que mais de um terço dos autarcas do PSD em final do terceiro e último mandato já foram colocados no aparelho estatal, rematando a dizer que “para o PSD, neste momento, é bar aberto no Estado português”.
Na sessão de apresentação das candidaturas autárquicas no distrito de Bragança, para além nome de Isabel Ferreira à presidência da Câmara Municipal da capital de distrito, o PS anunciou também que se candidatam a um novo mandato os atuais autarcas Eduardo Tavares (Alfândega da Fé), Nuno Ferreira (Freixo de Espada à Cinta), Benjamim Pereira Rodrigues (Macedo de Cavaleiros) e Luís Fernandes (Vinhais). No município de Mirandela, o candidato socialista à sucessão da presidente em exercício, Júlia Rodrigues, será o atual vereador Vítor Correia.
Estando ainda por concluir as candidaturas aos municípios de Carrazeda de Ansiães e Vila Flor, o Partido Socialista apresenta, igualmente, como candidatos autárquicos, Jocelino Bragança Rodrigues (Miranda do Douro), Francisco Guimarães (Mogadouro), António Menino (Torre de Moncorvo) e António Oliveira (Vimioso).