“O PS quer hoje, de forma pública e inequívoca, dizer obrigado à Dra. Marta Temido, obrigado pelos anos em que esteve à frente do Ministério da Saúde”, afirmou o deputado e dirigente do PS, numa reação no Parlamento à demissão da ministra, anunciada hoje.
Porfírio Silva destacou, em particular, os “anos mais terríveis”, em que Marta Temido esteve presente “todos os dias, todas as horas” como “mais uma trabalhadora essencial à frente da equipa da saúde a proteger as nossas vidas e a combater a pandemia”.
“E cumpriu bem, como as instituições internacionais reconheceram”, elogiou o vice-presidente da bancada do PS, lembrando que “Portugal teve dos melhores desempenhos a nível mundial no combate à pandemia e na preservação da nossa saúde nessa circunstância”. “O nosso reconhecimento também por isso”, agradeceu o deputado.
Porfírio Silva salientou ainda que, além desse trabalho, Marta Temido “ficará na memória de todos” porque “pertenceu aos governos do Partido Socialista que inverteram o ciclo de desinvestimento no SNS”.
“Temos hoje mais, muito mais profissionais no Serviço Nacional de Saúde. Temos hoje mais investimento, muito mais investimento no Serviço Nacional de Saúde”, afirmou o deputado ao assinalar que Marta Temido esteve à “frente da equipa da saúde que permitiu fazer essa viragem”.
“Obrigado, Dra. Marta Temido, é a palavra que os portugueses e o Partido Socialista têm para si”, disse, acrescentando que a ministra fez “um excelente mandato e deu tudo de si”.
Porfírio Silva admitiu depois que “é impossível a qualquer governo ou qualquer governante fazer tudo o que há a fazer pelo país”, salientando que é preciso prosseguir “o trabalho de reorganização do SNS em curso”.
“É sempre preciso continuar a fazer, fez-se um caminho, seria um milagre extraordinário se, no meio das circunstâncias, tudo tivesse corrido sempre excelentemente. Certamente há mais a fazer, a própria ministra estava a trabalhar em novas formas de organização do SNS”, sublinhou.