PS admite cenário de confinamento com salvaguarda das escolas e apoio à economia
O Secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, admitiu que Portugal poderá regressar a um confinamento muito próximo do da primeira fase da pandemia, sublinhando, no entanto, que se deve garantir a salvaguarda das escolas e o apoio aos setores económicos mais atingidos.
Em declarações aos jornalistas, no final de uma audiência com o primeiro-ministro, na passada sexta-feira, em São Bento, sobre um eventual agravamento das medidas de combate à Covid-19 em Portugal, José Luís Carneiro disse ser necessário aguardar pela reunião de terça-feira com os especialistas para que se tome “uma decisão política mais alicerçada”.
“Todavia, os números conhecidos e a previsão de crescimento, exigem a adoção de medidas que serão medidas de maior exigência do ponto de vista do controlo dos movimentos dos fluxos sociais, dos fluxos laborais e mesmo da própria atividade económica”, afirmou o ‘número dois’ da direção socialista, adiantando que se pode “prever o regresso a medidas de confinamento que em muito se aproximarão das medidas adotadas em outros momentos, na primeira fase”.
“Há, todavia, dimensões que para o PS importa salvaguardar, nomeadamente a dimensão escolar e o progresso escolar das crianças, adolescentes e jovens de forma a não prejudicar ainda mais as jovens gerações”, defendeu José Luís Carneiro, numa audiência em que esteve acompanhado pela líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes.
Por outro lado, José Luís Carneiro defendeu a importância de o Governo “garantir medidas de mecanismos de apoio que protejam o emprego e a atividade económica”, em concreto nos setores mais afetados, referindo a hotelaria ou a restauração como exemplos.
“Que haja uma resposta que garanta a substância das condições de vida das nossas comunidades económicas”, apelou, defendendo, por exemplo, a continuidade do mecanismo de ‘layoff’ assumido a 100% pelo Estado.