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PS acusa Governo de estar alheado do país e de só se preocupar com credores

PS acusa Governo de estar alheado do país e de só se preocupar com credores

O Partido Socialista acusou o Governo de estar cada vez mais alheado do país e de só se preocupar com os credores, ignorando os impactos concretos das suas políticas de austeridade excessiva na vida dos portugueses.

Lembrando os 166 mil idosos que vão ver as suas pensões cortadas, mais uma vez, o Secretário Nacional do PS, António Galamba, frisou que “as dificuldades em aceder ao básico para viverem, a incerteza que tomou conta da vida dos portugueses, o desemprego, as desigualdades sociais e ao aumento do risco de pobreza e de exclusão são, para o Primeiro-ministro, danos colaterais que pouco importam”.

Para o dirigente nacional do PS, “na sua obsessão cega com a receita da austeridade, o governo insistiu e insiste em criar um permanente clima de terror em torno dos cortes nos rendimentos, lançando milhares de portugueses na incerteza sobre quais vão ser efetivamente os recursos financeiros que terão ao seu dispor para organizar a vida e, no caso de muitos idosos, para apoiarem os seus filhos e os seus netos”.

Na sua cegueira em prosseguir com esta receita, que falhou no défice, na dívida pública e no desemprego, “o governo não tem um pingo de respeito pela dignidade humana e pelo direito a mínimos de previsibilidade na relação entre o Estado e os cidadãos. Ao invés, o governo insiste em lançar o caos, a incerteza e a insustentabilidade das soluções que adota”, acrescentou António Galamba.

Para o PS, é inaceitável que o primeiro-ministro permaneça imperturbável perante os dramas pessoais e familiares de milhares de portugueses que sobrevivem cada vez com mais dificuldades e dos 34 mil idosos que vivem isolados ou sozinhos cada vez mais entregues a si próprios.

“E perante todas as consequências das medidas de austeridade que o governo assumiu com a troika, a solução é a única em que a maioria PSD/CDS é competente e eficaz: cortar na proteção social dos portugueses. Há mais 166 mil idosos que vão ver as suas pensões cortadas e mais uma vez, com total falta de respeito pelas pessoas sem se saber quando vão ser concretizados os cortes agora aprovados”.

A esta incerteza soma-se as que já existiam sobre quais os cortes provisórios que afinal serão definitivos e sobre que outros cortes assumiu o governo com a troika na última avaliação do programa de ajustamento.

“O governo não aprendeu com os erros que cometeu em todos os Orçamentos de Estado que apresentou, não quer tirar ilações dos resultados trágicos das suas opções políticas para as pessoas e para a economia e insiste numa receita inconsequente, insustentável e desumana”, concluiu António Galamba, salientando que “o PS está mais preocupado com as pessoas e com a realidade de uma vida que em muitos aspetos se tornou insustentável” e que “há mais de três anos que o Secretário-geral do PS reafirma que precisamos de rigor nas contas públicas com políticas efetivas para o emprego e o crescimento económico.