Numa análise política, económica e social do atual contexto da Região, na reunião da Comissão Regional dos socialistas açorianos, Vasco Cordeiro destacou a situação das famílias e o agravamento dos custos que as mesmas estão a sentir, fruto “do aumento de bens essenciais, do preço dos combustíveis e previsivelmente, já a acontecer dentro em breve, das próprias taxas de juro”, com reflexo, por exemplo, no crédito à habitação.
A este propósito, o líder socialista considerou ser exigível que o Governo Regional possa tomar medidas para ajudar as famílias a fazer face a essa situação, dando assim como exemplo a questão dos combustíveis.
“No caso do Imposto sobre os combustíveis, por exemplo, a receita que o Governo Regional arrecadou até maio deste ano é, sensivelmente, a mesma que arrecadou até maio do ano passado, cerca de 23 milhões de euros”, afirmou, para salientar que para o Partido Socialista a prioridade é que as famílias e as empresas possam pagar menos, “mesmo que para isso o Governo Regional tenha que receber menos”.
Para Vasco Cordeiro, há margem para compensar as famílias e as empresas, através da baixa do imposto sobre os produtos petrolíferos que, conforme recordou, foi por proposta dos deputados do PS na Assembleia da República que na Região passou a ser possível baixar o imposto.
O líder socialista referiu ainda a atual situação das empresas que, desde 1 de janeiro, estão “sem a possibilidade de se candidatarem a investimentos privados a sistemas de incentivos públicos ao investimento”. De acordo com Vasco Cordeiro, “deveria ter sido mantido em vigor o sistema de incentivos que vigorou até 31 de dezembro de 2021, de forma a dar este sinal de confiança às empresas”.
Mas, conforme sublinhou, também no caso dos projetos já aprovados, mas que ainda não foram executados, as empresas confrontam-se com um dilema muito grande, uma vez que “todas as referências de preços de matérias-primas que elas apresentaram estão desatualizadas, porque, entretanto, tudo disparou”.
“Nesta situação, o que o PS faria era reforçar, não apenas a margem de custos elegíveis, ou seja, o custo que as empresas podem candidatar ao sistema de incentivos, mas aumentar o investimento total elegível, para permitir que as empresas possam efetivamente acomodar no seu investimento esse grande aumento de custos que houve do preço de matérias-primas nos investimentos que vão fazer”, referiu, para salientar que no momento em que as empresas precisam já de apoio, é que o Governo Regional “decidiu lançar um processo de diálogo e de consulta a propósito da construção do novo sistema de incentivos”.
Vasco Cordeiro referiu ainda a necessidade de acudir, do ponto de vista social, a casos concretos, como por exemplo, no combate à toxicodependência, matéria na qual o Partido Socialista considera que o Governo Regional “tem a responsabilidade de criar medidas que ajudem as famílias a lidarem com esta situação, reforçando as parcerias que existem com instituições que tem por função tratar desta área”.
Sérgio Ávila eleito presidente da mesa da Comissão Regional
Na reunião do órgão máximo entre congressos dos socialistas açorianos, que decorreu na vila de Porto Judeu, em Angra do Heroísmo, o deputado à Sérgio Ávila foi eleito presidente da mesa da Comissão Regional do PS/Açores.
Na ocasião, foi ainda eleita a restante mesa, sendo a mesma constituída por Pedro Nuno Melo, como vice-presidente, e por Paula Bettencourt e Renata Correia Botelho, enquanto secretárias.
Durante o encontro, foi ainda votada e eleita a composição do Secretariado Regional, o órgão executivo do PS/Açores, que passa a ser constituído pelos seguintes elementos: Ana Brum, André Rodrigues, Andreia Cardoso, Bárbara Chaves, Berto Messias, Carlos Silva, Fátima Amorim, Francisco César, Francisco Coelho, Graça Silva, João Paulo Ávila, José Miguel Toste, Luís Furtado, Lúcio Rodrigues, Marco Martins, Marília Vargas, Marta Matos, Mónica Oliveir, Nuno Miranda, Sandra Dias Faria, Tiago Branco e José San-Bento.
