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PRR/Habitação: “Um programa para as pessoas” que vai concretizar 32 mil novas habitações em três anos

PRR/Habitação: “Um programa para as pessoas” que vai concretizar 32 mil novas habitações em três anos

Fazendo fé no seu conhecido otimismo, António Costa disse estar convencido de que os cidadãos, nas próximas eleições legislativas do dia 10 de março, “não vão querer andar para trás”, advertindo o futuro Governo para “não perder tempo a renegociar o PRR em Bruxelas”.

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Intervindo esta manhã em Oeiras, na sessão de encerramento do protocolo celebrado entre o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IRHU) e a Câmara Municipal para a construção de 700 casas na antiga Estação Radionaval de Algés, o primeiro-ministro disse manter aberta a esperança de que o Presidente da República venha ainda a promulgar o diploma, que considerou “essencial”, sobre ordenamento do território e licenciamento para urbanização, lembrando que o PRR “já prevê um investimento a fundo perdido de 3.200 milhões de euros para a construção de mais de 32 mil novos fogos nos próximos três anos”.

Para António Costa, se há algo que os portugueses há muito sabem é que, “gostem ou não”, o PRR está contratualizado entre Portugal e a União Europeia, o que obriga o país, como referiu, a “ter que o cumprir até 31 de dezembro de 2026” a construção dos referidos 32 mil fogos, lembrando que no caso de Portugal não observar este compromisso, o que está determinado, assegurou, é que o país “perca esse dinheiro”.

Perante este cenário, o primeiro-ministro aconselhou o novo Governo a sair das eleições legislativas de 10 de março a não perder tempo a tentar renegociar com Bruxelas o PRR, lembrando que Portugal não pode repetir o erro ocorrido com um outro Estado-membro, que “quis renegociar o respetivo PRR e o mais que conseguiu foi estar um ano parado, andando agora a suplicar para que lhe estendam o prazo de execução”.

Numa sala onde marcaram presença a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, e o presidente da Câmara Municipal de Oeiras, António Costa recordou a presidência aberta feita por Mário Soares em 1994 na Área Metropolitana de Lisboa, numa altura em que foi possível, como lembrou, “expor a chaga das barracas”, elogiando a edilidade de Oeiras pela aposta que o município fez então na construção de novas habitações, o que para o primeiro-ministro justifica que este seja hoje “um dos concelhos do país onde existe um maior equilíbrio do ponto de vista social e aquele que mais jovens consegue atrair”.

António Costa regozijou-se ainda com o facto de o concelho de Oeiras se encontrar num dos lugares cimeiros em matéria de execução do PRR na área da habitação, voltando a lembrar que este programa, na sua componente de médio prazo, está em todo o país e de uma maneira geral “a ser cumprido passo a passo”, razão pela qual, como defendeu, a “solução ao nível desta aposta não surge de um dia para o outro”, insistindo no alerta de este não ser um “trabalho de curto prazo”, tendo ainda aludido às medidas que o Governo está a tomar para responder de forma célere aos problemas das pessoas, destacando, neste ponto, “a renda apoiada que abrange atualmente já 200 mil famílias”.

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