O chefe do Governo voltou esta manhã a garantir, na cerimónia realizada na residência Nossa Senhora da Piedade, que Portugal conseguirá atingir até ao final da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), um “aumento em 30 por cento” da oferta de camas para idosos. Um objetivo só possível de alcançar, como salientou, e em “tão pouco tempo”, porque o país pode beneficiar das verbas do PRR.
De acordo com António Costa, a nova estrutura residencial para pessoas idosas, hoje inaugurada em Almada, corresponde ao perfil inicialmente estabelecido no PRR para este tipo de iniciativas, reafirmando que cerca de “dois terços da totalidade das verbas” deste programa comunitário estão já adjudicadas, o que corresponde a “cerca de 93 mil projetos no conjunto do país”.
O Plano de Recuperação e Resiliência, ainda segundo o chefe do executivo, existe e foi desenhado “para dar uma resposta a problemas estruturais identificados por cada país”, que no caso português, como salientou, tem a ver, entre outros, com a necessidade de “reforçar as respostas aos idosos”, permitindo, designadamente, o financiamento de 14 mil camas, a que se juntam outras 18 mil ao abrigo do programa nacional PARES.
Valorizar o setor social
Presente nesta iniciativa a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, começou por agradecer “a grande capacidade” que o setor social tem demonstrado mesmo durante a crise pandémica, “nunca baixando os braços”, assumindo que a inauguração de mais uma residência para idosos, agora em Almada, só é possível graças ao seu contributo decisivo.
Ana Mendes Godinho elogiou ainda o facto de este setor nunca ter desistido de encontrar as respostas sociais “diferenciadoras”, mostrando-se convicta de que “ninguém se salva sozinho”, apontando o Estado social como um dos fatores determinantes para se encontrarem as respostas adequadas nos momentos críticos, mas também em “momentos estruturais”.
À parte das intervenções dos membros do Governo, ouviu-se também o presidente da direção do Centro Paroquial Padre Ricardo Gameiro, padre José Pinheiro, referir que o projeto desta obra, que teve o seu início há cerca de seis anos com a compra do terreno, vem dar resposta “às listas de espera existentes numa área com uma população muito envelhecida”.