“A lógica do PRR não é a de um cheque que nos é passado em Bruxelas para nós distribuirmos no País. O PRR é um contrato que nós assinámos com a União Europeia, que tem um conjunto de metas, de marcos e de objetivos, e em que os pagamentos são feitos conforme vamos cumprindo”, afirmou o líder do Governo socialista.
Conforme lembrou ainda António Costa, foi por Portugal ter “cumprido as metas e os marcos” contratualizados para o ano de 2022 que a “Comissão Europeia já aprovou o pagamento da primeira tranche e o pagamento da segunda tranche” do Plano de Recuperação e Resiliência, tendo agora de serem cumpridas as metas para o ano que começou.
“Nós avaliamos o PRR pelo movimento que vai gerando e o movimento é este: dois centros de saúde que visitámos hoje de manhã, e esta residência que, no próximo ano letivo, estará pronta”, sublinhou o chefe do executivo, acrescentando que “toda a gente tem uma grande ansiedade e curiosidade para saber como está a andar o PRR e é por isso importante ver o PRR em movimento”.
375 ME para alojamento estudantil
“Estamos a ver este investimento onde vamos, no conjunto destes três imóveis, ter cerca de 910 camas que vão servir de residência universitária na cidade de Lisboa, mas este investimento, bem como um conjunto de investimentos que estamos a fazer no alojamento estudantil, tem um propósito que é continuarmos a aumentar o número de portuguesas e portugueses que têm acesso ao ensino superior”, explicou.
Na visita à obra em curso, António Costa assinalou que o programa do alojamento estudantil tem 375 milhões de euros dedicados no PRR, a que se junta um reforço de 72 milhões de euros no Orçamento do Estado, referindo que com a execução do conjunto de investimentos por todo o país vai ser possível “aumentar o número de camas em residências de cerca de 15 mil para próximo de 27 mil”.
“Uma maior barreira financeira do que o preço da propina é mesmo o custo do alojamento. Termos alojamento acessível é uma condição essencial para que mais pessoas possam frequentar o ensino superior”, reforçou.
António Costa, que esteve acompanhado pelas ministras da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, reiterou, depois, a meta apontada pela responsável da tutela: “chegarmos a 2030 com 60% dos jovens com 20 anos a frequentarem o ensino superior”.
“Este investimento não é só para responder à necessidade de quem hoje frequenta o ensino superior, este investimento é feito para termos condições para que mais pessoas possam frequentar no futuro o ensino superior”, concluiu o primeiro-ministro.