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PRR: Agendas Mobilizadoras vão dar “músculo” à economia e “multiplicar” riqueza produzida

PRR: Agendas Mobilizadoras vão dar “músculo” à economia e “multiplicar” riqueza produzida

Com a execução das agendas mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a economia portuguesa vai conhecer “uma profunda alteração do seu perfil”. A afirmação é do primeiro-ministro, que esta manhã voltou a garantir no Porto que os projetos integrados nas agendas mobilizadoras vão “multiplicar” a riqueza produzida em Portugal.

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António Costa, PRR

No périplo que tem vindo a fazer pelo país para apresentar, caso a caso, os projetos integrados nas agendas mobilizadoras do PRR, António Costa voltou esta manhã a garantir, na cidade Invicta, que a execução das agendas mobilizadoras vai permitir à economia portuguesa voltar aos níveis de desenvolvimento e de crescimento de 2019, antes da pandemia, e encetar um novo percurso que “lhe vai alterar o perfil”.

De acordo com o chefe do Governo, estes 245 novos produtos e novos serviços integrados nas nove agendas mobilizadoras, hoje contratualizadas no Porto, envolvem um conjunto vasto de parcerias em áreas como a “microeletrónica, mobilidade autónoma, gestão inteligente da água na indústria têxtil e do vestuário, inovação para a digitalização nos têxteis, potencial do uso de insetos para alimentação humana e animal, bioeconomia azul, turismo e transição energética”.

Na sua intervenção, António Costa lembrou a facilidade, por vezes demagógica, com que muitos apregoam a necessidade de, em poucos anos, “duplicar, triplicar ou mesmo quadruplicar o PIB”, uma tarefa que, para o primeiro-ministro, vai agora ser possível concretizar graças às agendas mobilizadoras.

O primeiro-ministro fez ainda questão de sublinhar que o objetivo traçado, desde o início da assinatura do PRR, não se limitava apenas a apontar para o objetivo de recuperar a economia para os níveis anteriores à pandemia, mas também, e sobretudo, para o modo como se devia utilizar os recursos do programa, permitindo que a economia portuguesa ganhasse novo músculo, com empresas mais competitivas, apresentando produtos de maior valor acrescentado, e com “mais capacidade de exportação e geradoras de mais e melhores empregos”.

Objetivos que foram ainda, segundo António Costa, amplamente alcançados, como o demonstram todos os dados económicos, lembrando que no ano passado Portugal conseguiu recuperar da recessão de 2020, com a economia a crescer “acima do que crescíamos em 2019, havendo hoje mais e melhores empregos, com o país a exportar mais do que em 2019”.

Trabalhar em conjunto

Ter êxito na execução das agendas mobilizadoras, segundo o primeiro-ministro, passa em grande medida por ter a ambição, antes de mais, de desenhar estes programas, “definindo objetivos”, mas também por querer “aprender a trabalhar em conjunto”.

Pressupostos que, quando observados, disse António Costa, elevam as agendas mobilizadoras do PRR a “projetos cruciais”, capazes de instalar novas dinâmicas na sociedade portuguesa, com “empresas e entidades do sistema científico e tecnológico a trabalharem em conjunto, com empresas globais a trabalharem com pequenas e médias empresas, universidades e politécnicos ou centros de investigação e tecnológicos trabalhando também em conjunto”. O primeiro-ministro chamou ainda a atenção para o facto de que, entre os 53 consórcios já constituídos, há 1.247 entidades envolvidas, sendo que “941 são empresas e 119 são entidades do sistema científico e tecnológico”.

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