Falando aos deputados, numa audição sobre as provas de aferição deste ano, que, pela primeira vez, se realizaram em formato digital em todas as escolas, João Costa referiu que se a avaliação dos resultados do projeto-piloto que testou a digitalização das provas finais do 3º ciclo “der confiança”, a generalização do formato avança mesmo no próximo ano letivo.
Recordando, a propósito, que o programa Escola Digital está em curso desde 2021, o ministro da Educação lembrou também que, no ano passado, tinha sido já realizado um projeto-piloto que testou as provas de aferição em formato digital, o que permitiu avançar para a sua generalização este ano.
O governante sublinhou que os resultados dessa experiência, que envolveu milhares de alunos, revelaram, por um lado, que não havia diferenças significativas entre os alunos que realizaram a prova em papel ou em computador e, por outro lado, que “estavam reunidas condições para a generalização”, o que poderá ser agora replicado também nas provas finais do 3º ciclo.
Reconhecendo que “a generalização de uma operação desta natureza nunca estaria isenta de problemas, sobretudo no seu arranque”, João Costa fez, ainda assim, um balanço bastante positivo do processo, sublinhando que cerca de 85 mil alunos realizaram a prova de Tecnologias de Informação e Comunicação – a primeira no calendário – sem quaisquer problemas.
“Só foi necessário atribuir tempo suplementar a 9% dos alunos”, observou, o que desmonta, como acrescentou, o cenário que catastrofista que se tentou construir.
O ministro disse ainda que a transição digital em curso nas escolas está a ser feita “com conta, peso e medida”, vincando que o digital “é uma ferramenta, não um fim”, e que deixar de fora do currículo essa dimensão seria “agravar as desigualdades” e criar um obstáculo a que todos, independentemente da sua condição social e económica, tenham “acesso ao digital no futuro”.