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Propostas para tributar heranças "devem ser consideradas"

Propostas para tributar heranças "devem ser consideradas"

“Todas as propostas devem ser consideradas desde que haja equidade fiscal e justiça na repartição dos sacrifícios, porque não desejo que haja em Portugal um conflito entre ricos e pobres”, afirmou hoje António José Seguro, reagindo à proposta feita pelo Presidente da República de tributação das heranças e doações.

No discurso durante o acampamento nacional da Juventude Socialista, em Santa Cruz, o Secretário-Geral do PS acusou o actual Governo de “insensibilidade e ausência de justiça” ao criar um imposto extraordinário sobre o valor superior ao salário mínimo nacional nos vencimentos e pensões do subsídio de Natal de assalariados e reformados e “deixar de lado os rendimentos sobre o capital”.

“Onde está a justiça nesse imposto? Onde está a justiça nesse imposto que obriga todos os trabalhadores a pagar imposto sobre os 50 por cento? Onde está a justiça sobre esse imposto que abrange trabalhadores a ganhar 800 e 1000 euros e que quem joga na Bolsa não pague nada e não tenha de contribuir para os sacrifícios?”, questionou.

No que respeita à noticia hoje divulgada sobre a alegada espionagem conduzida pelo Serviço de Informações Estratégicas do Estado (SIED) ao telemóvel do antigo jornalista do Público Nuno Simas, António José Seguro defendeu que “deve haver esclarecimentos por parte de quem tutela esse serviço para que todas as dúvidas acabem de uma vez”.

O líder socialista considerou haver “responsabilidades criminais” para as operadoras de telemóvel, admitindo mesmo que “sente uma certa insegurança em relação a essas matérias”.

“É inaceitável que um jornalista não tenha sossego num trabalho em que está a prestar um serviço público ao país e que o resultado do seu trabalho seja fornecido pela sua empresa de comunicações”, disse, numa alusão à alegada disponibilização da lista de contactos do repórter por parte da empresa de telecomunicações.