Propostas do PS vêm aliviar a vida dos portugueses
António José Seguro garantiu que as propostas de alteração ao Orçamento apresentadas pelos socialistas visam “aliviar a vida” das pessoas e das empresas sem terem impacto no défice.
“Todas as propostas que provocam aumento na despesa têm uma contrapartida do lado da receita. As nossas propostas no conjunto não têm nenhum impacto no Orçamento do Estado, isto é, o défice não fica alterado”, afirmou.
O secretário-geral do PS acrescentou que se trata de “propostas que vêm aliviar a vida das pessoas, dos portugueses e das empresas num momento difícil”, ao mesmo tempo que incentivam o crescimento económico, que é “a saída” para a crise, porque só assim se pode “criar riqueza”.
O líder socialista revelou que as propostas de alteração ao Orçamento para 2013 não foram abordadas na reunião com a troika: “Consideramos que detemos ainda alguma soberania”.
Mas as contas públicas foram abordadas na reunião, acrescentou, dizendo que o país já sabe que a meta estabelecida para este ano não será cumprida e que o PS espera agora que o Governo diga qual será o valor certo.
“Mas a questão não é de décimas, já não é de saber se é 6,1%, 6,2% ou 6,3%, é de perceber. E o primeiro-ministro, infelizmente para Portugal, não percebe que a estratégia que obrigou Portugal a seguir é errada e não atinge nenhum dos objetivos que garantiu aos portugueses que atingiria em troco de sacrifícios pesados. A palavra-chave é mudança, é preciso mudar para dar sentido aos sacrifícios”, alertou, mostrando-se “muito preocupado” e “apreensivo” com a situação do país.
“Se a troika e o Governo persistirem com mesma receita e caminho, naturalmente isto vai dar mal”, declarou.
Relativamente aos cortes orçamentais no ensino superior, considerou que é “um sinal errado”, porque não se trata de cortar despesa, mas de “cortar investimento num sector fundamental”.
“Conseguiremos resolver o fraco crescimento económico sendo mais competitivos e mais produtivos. E só conseguiremos ser mais produtivos se qualificarmos cada vez mais os portugueses”, afirmou, defendendo ainda o incentivo à investigação e a sua “transferência” e articulação com as empresas.