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Proposta de orçamento da Comissão Europeia “é inferior ao necessário”

Proposta de orçamento da Comissão Europeia “é inferior ao necessário”

A eurodeputada socialista Margarida Marques considerou, em Estrasburgo, que a proposta de orçamento da Comissão Europeia para 2020 é “inferior ao necessário”, ficando muito aquém de poder corresponder aos compromissos políticos assumidos.
Proposta de orçamento da Comissão Europeia “é inferior ao necessário”

“O que temos em cima da mesa, do lado da Comissão e agora do Conselho, é traduzido em orçamentos anuais ainda inferiores ao de este ano e isso tornará verdadeiramente irrealista satisfazer as expetativas e os compromissos”, afirmou a parlamentar portuguesa, intervindo na sessão plenária sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual (2021-2027).

No entender de Margarida Marques, tanto a Comissão Europeia como o Conselho Europeu deverão, “face aos compromissos políticos assumidos e às modificações necessárias à proposta de orçamento de 2020” que venham a ser aprovadas no Parlamento Europeu, “ajustar as suas posições para o próximo Quadro Financeiro Plurianual e aproximá-la das necessidades reais e da posição do Parlamento”.

Conclusões do Conselho Europeu não refletem diferença de posições

A deputada socialista notou também que as conclusões do Conselho Europeu quanto ao Quadro Financeiro Plurianual “não refletem as divergências dos Estados-membros sobre a proposta da presidência finlandesa”.

“Sabemos que a larguíssima maioria dos Estados-membros estão em desacordo com a presidência”, assegurou a eurodeputada, que critica ainda o documento, por não ter em conta a posição do Parlamento Europeu, “recentemente validada”, nem as recomendações da Comissão Europeia. A ausência dos compromissos políticos da presidente indigitada da Comissão Europeia motiva igualmente apreciação.

Margarida Marques teme, por isso, que “a proposta da ‘negotiation box’ esteja ao arrepio do que as instituições, os políticos e os líderes devem fazer nos próximos sete anos”.

O Parlamento Europeu, reforçou a deputada socialista, “não deixará de exercer as suas competências e vai negociar um orçamento robusto”.