O projeto de lei do PS para a redução do IRS foi esta manhã aprovado na Comissão de Orçamento e Finanças, com os votos a favor do BE, do PCP, do Livre e da Iniciativa Liberal. PSD e CDS, que votaram contra, e o Chega, que se absteve, foram os únicos partidos que não acompanharam a iniciativa.
Em Bragança, onde participou numa ação de campanha para as Europeias, o líder socialista salientou também a rejeição da proposta apresentada pelo Governo da AD, que fazia incidir a redução nos escalões de rendimento mais elevados.
“A proposta do Governo era como se fosse um bolo [para dez], em que metade do bolo é entregue a uma pessoa e a outra metade aos outros nove. Era uma proposta injusta, não podia ter o nosso apoio”, afirmou.
Recordando que o PS fez o seu trabalho e apresentou propostas no sentido de poder ser alcançado “um acordo e um entendimento” que assegurasse a justiça fiscal, Pedro Nuno Santos notou que executivo de Luís Montenegro “tem evitado o Parlamento e a necessária negociação parlamentar”.
“O Governo ainda não percebeu e não quer admitir que tem um número de deputados igual ao do PS e que isso implica cedência”, salientou.
“O que isto mostra é que nós precisamos de ter um Governo que dialogue mais, que negoceie mais. Ouvi o primeiro-ministro a dizer que não havia falta de diálogo. Há sim falta de diálogo”, enfatizou o líder do PS.
Sobre a aprovação da proposta socialista, Pedro Nuno Santos reiterou que o PS não determina “sentidos de voto”, nem deixa, em função disso, “de apresentar as propostas” que considera justas, recentrando, de forma cristalina, o resultado da apreciação parlamentar.
“A esquerda votou contra as do Governo e votou a favor das do PS e é por isso que a proposta do PS passou”, concluiu.