home

Proporemos aos portugueses um novo programa de desenvolvimento para Portugal

Proporemos aos portugueses um novo programa de desenvolvimento para Portugal

O secretário-geral do PS afirmou hoje que está a antecipar calendários na apresentação de um programa alternativo face ao crescente “afastamento” entre o primeiro-ministro e os portugueses, lançando já um debate sobre o novo modelo de desenvolvimento.

“Já todos percebemos que o primeiro-ministro não ouve ninguém, já todos percebemos a onda de insatisfação com o atual Governo pelas suas políticas erradas e pela postura sobranceira do primeiro-ministro, factos que nos exigem maior responsabilidade”, disse o líder dos socialistas.

Partindo desta análise, o secretário-geral do PS afirmou depois ter tirado uma conclusão.

“Tendo em conta a péssima governação do primeiro-ministro e o afastamento que tem vindo a fazer em relação aos portugueses, já antecipámos os nossos calendários. Após a recolha de contributos sectoriais e regionais, os trabalhos do Laboratório de Ideias (LIPP) vão entrar numa nova fase de debate público, aberta ao contributo de todos os portugueses”, apontou.

No seu discurso, o secretário-geral do PS reiterou a recusa dos socialistas em participarem no objetivo do Governo de cortar quatro mil milhões de euros na despesa pública, alegando que cortar “não é nenhuma reforma” e que reformar “é uma mudança natural e estrutural”.

“Como o Governo não quer fazer uma verdadeira reforma do Estado e tem o memorando [da ´troika´] como o seu programa, o PS toma a iniciativa e vai debater com os portugueses o programa político alternativo. É o que faremos durante as próximas semanas, começando já no sábado, em Coimbra, propondo aos portugueses um novo programa de desenvolvimento para Portugal”, declarou.

De acordo com António José Seguro, o debate para esse programa estará assente em três eixos: Crescimento económico e emprego, combate às desigualdades sociais em Portugal, e boa governação.

“Ao contrário do que alguns possam pensar, o modo mais inteligente de defender o Estado social é trabalhar pela sua sustentabilidade e adequação aos novos tempo. Por isso, o PS não adota nem adotará uma postura imobilista”, disse.

No plano político, o secretário-geral do PS deixou depois a advertência de que os socialistas apresentarão as suas propostas “no tempo próprio, sem pressas, sem cedência à chantagem ou a pressões”, já que “está em causa um compromisso que envolve várias gerações (as presentes e as futuras) e algo terá profundas consequências na vida dos portugueses nas próximas décadas”.

“Não se aborda uma questão tão complexa e profunda como se fosse uma conversa fechada entre amigos, como está a fazer o Governo, à pressa, às escondidas, com chicana política e com anúncios pelos jornais. Uma alteração tão profunda do Estado não pode depender de uma maioria circunstancial, nem estar prisioneira de uma conjuntura específica de recessão”, acrescentou, em nova nota de demarcação face ao executivo.

Leia aqui o discurso