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Promover a diversificação da oferta educativa

Promover a diversificação da oferta educativa

A universidade não é a “única saída possível” para quem quer ter uma profissão, nem tão pouco o “único percurso ou solução” para quem quer “prosseguir a sua vida”, defendeu esta manhã o primeiro-ministro no Algarve, no Conservatório de Música de Loulé.

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Promover a diversificação da oferta educativa

Falando na inauguração daquele que é o primeiro conservatório público de música a sul de Lisboa, em Loulé, António Costa, depois de defender que o ensino artístico é “absolutamente essencial” no panorama educativo, defendeu que o país precisa de não olhar apenas para as saídas profissionais proporcionadas pelo ensino superior das universidades, mas apostar também numa “maior diversificação da oferta educativa”, dando neste caso o exemplo do ensino artístico integrado e do ensino profissional.

A este propósito, o primeiro-ministro realçou a importância destas duas áreas do ensino, recordando que o Governo que lidera tem vindo a criar as condições necessárias para que “sejam igualmente valorizadas nos processos educativos”, sem contudo, como salientou, deixar de valorar igualmente o ensino superior universitário.

Para o primeiro-ministro, que estava acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, e que falava para docentes, autarcas, políticos locais e elementos das forças de segurança, entre outros, a escola não tem nas suas funções o exclusivo papel de “ensinar a ler, onde nascem os rios ou como se formam os fenómenos geológicos ou a fazer contas”, mas sobretudo “a criar e formar cidadãos livres”.

Socorrendo-se de dados divulgados pela Comissão Europeia, nos quais se garante, designadamente, que a maioria dos alunos que hoje frequentam o sistema de ensino vão no futuro exercer profissões “que ainda não foram inventadas”, António Costa lembrou, a este propósito, que a escola do futuro “deve dar condições para que se continue a aprender durante toda a vida”, sustentando que uma escola que forme “simplesmente” para as profissões que já foram criadas no passado “é uma escola que não cumpre a sua função para o futuro”.

O novo conservatório de música de Loulé tem capacidade para cerca de 400 alunos, nos regimes de ensino articulado e supletivo, ficou instalado num edifício do século XVIII agora reabilitado graças a cooperação entre o Ministério da Educação e a Câmara Municipal de Loulé, que investiu cerca de 2,8 milhões de euros na sua conceção, cabendo nesta repartição e nesta cooperação ao Ministério da Educação não só a colocação de professores, como a articulação entre as escolas da região e esta nova entidade vocacionada para o ensino da música.