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Projeto-piloto na Cultura contribui para alterar comportamentos de risco

Projeto-piloto na Cultura contribui para alterar comportamentos de risco

A Cultura pode levar os portugueses a refletir sobre os incêndios e outras questões ambientais, defendeu a ministra da tutela, Graça Fonseca, em Penacova, distrito de Coimbra, na apresentação de um projeto-piloto nesta área com um investimento de 185 mil euros.
Projeto-piloto na Cultura contribui para alterar comportamentos de risco

“Este é um projeto para alterar comportamentos”, afirmou Graça Fonseca, na cerimónia de assinatura de quatro protocolos de colaboração entre as direções regionais de Cultura do Norte, Centro, Algarve e Alentejo, e a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF).

Graça Fonseca, que intervinha numa cerimónia ao ar livre, na Pérgula Raul Lino, em Penacova, salientou que “as artes já mudaram várias vezes o curso do mundo” e podem e devem, também, influenciar a relação das pessoas com a natureza, levando-as a refletir sobre problemas atuais como os incêndios, as alterações climáticas e a proteção do ambiente.

O projeto ‘Não brinques com o fogo’, apresentado na quarta-feira, visa sensibilizar as populações, através das artes, para a necessidade de mudar comportamentos que possam originar fogos, a par da valorização e proteção dos territórios. Os agentes culturais podem apresentar candidaturas para a “produção de espetáculos multidisciplinares ao ar livre e ações de capacitação das populações”.

Os avisos para as candidaturas foram publicados ontem pelas quatro direções regionais de Cultura, devendo as propostas ser formalizadas até 14 de julho.

Podem candidatar-se pessoas coletivas de direito privado dos concelhos abrangidos pelo programa e que exerçam atividades profissionais de natureza não lucrativa nas áreas do teatro, música, dança, circo contemporâneo, artes de rua e artes visuais.

Os espetáculos serão apresentados, em setembro e outubro, em oito concelhos escolhidos pela AGIF, tendo em conta a sua classificação com grau de risco elevado de incêndio: Penacova, Vila Nova de Poiares, Coimbra, Ourém, Paredes, Gondomar, Gavião e São Brás de Alportel.

Graça Fonseca sublinhou que a iniciativa terá continuidade em 2021, “com mais concelhos e mais verbas”, sublinhando que a mesma se enquadra “numa visão estratégia mais ambiciosa a 10 anos”, refletida no Plano Nacional de Gestão Integrada e Fogos Rurais, apresentado pelo Governo na terça-feira.