“Progresso de Portugal é muito impressionante”
Em conferência de imprensa, após as reuniões mantidas com o chefe do Governo português e também com o Governador do Banco de Portugal, Pierre Moscovici recordou última visita que efetuou ao país, em fevereiro de 2016, para apontar a evolução que pode constatar. “O progresso de Portugal é muito impressionante”, revelou.
O comissário europeu referiu depois que se prevê que o crescimento da economia portuguesa deverá ficar “provavelmente acima de 2,5% este ano”, o que melhora a estimativa da própria Comissão Europeia, que nas suas previsões de primavera apontava para 1,8%.
Sublinhando uma mensagem de confiança no país, Moscovici abordou também os desafios que se colocam, de “continuar a reduzir o défice” e “prosseguir a consolidação do défice estrutural”, elogiando neste aspeto “o diálogo de alta qualidade” que tem mantido com o Governo português.
“A vontade da Comissão é a de proteger o crescimento e o emprego. Vamos usar uma margem de interpretação de uma forma que seja amiga do crescimento”, afirmou, reiterando uma ideia que Bruxelas começou a transmitir aquando das recomendações específicas a Portugal e que passa por fazer uma “interpretação inteligente” das regras orçamentais.
“Esta Comissão é uma Comissão pró-crescimento e pró-emprego. Queremos ter regras totalmente respeitadas mas também queremos ter resultados no crescimento e no emprego. O debate vai ser conduzido nesta base com o objetivo de combinar estabilidade financeira, que é absolutamente essencial, com crescimento, que é também é crucial”, reforçou.
Moscovici disse ainda estar “otimista” e “impressionado” com os sinais “sólidos” manifestados pela economia portuguesa, salientando “a quantidade e a qualidade das exportações, o regresso do investimento e a explosão do turismo”, reiterando que por ocasião da saída do Procedimento por Défice Excessivo (PDE) a perceção de Bruxelas foi a de que “a redução do défice em Portugal é duradoura e que a melhoria da situação da economia é solida”.
“Portugal saiu verdadeiramente do PDE. A economia portuguesa é uma economia em que se pode confiar”, vincou.