Programa de reformas para o país vai honrar legado histórico e reformista do PS
O primeiro-ministro e Secretário-geral do PS alertou ontem, na festa do 43º aniversário do partido, que os portugueses não se conformam e muito menos aceitam que a Comissão Europeia insista em pressionar Portugal para não aumentar mais o salário mínimo nacional e aplicar novas medidas de austeridade.
António Costa reagia ao relatório ontem tornado público pela Comissão Europeia, onde alertava o Governo português para as alegadas consequências económicas de novos aumentos do salário mínimo nacional, “sobretudo em termos de criação de emprego”, tese a que o líder do PS reagiu garantindo que vai mostrar a Bruxelas que “há espaço para amentar os salários em Portugal”.
Declarando não se resignar a um modelo de país de baixos salários, o primeiro-ministro garantiu que mostrará a Bruxelas que há espaço para se poder aumentar os salários e com isso melhorar a qualidade de vida dos portugueses, advertindo que a batalha pela igualdade é permanente e vai continuar.
Programa de reformas
Depois de defender o caráter “histórico e reformista” do PS, António Costa referiu-se ao Programa Nacional de Reformas (PNR), que será aprovado amanhã, dia 21 de abril, em conselho de ministros, garantindo que o documento vai ser “uma grande surpresa”, porque lá constarão “medidas concretas, quantificação de custos e uma calendarização definida para a sua execução”.
Quanto ao facto de “muitos terem desvalorizado” o PNR, com a alegação de que quando foi apresentado “não tinha medidas concretas”, vão agora deparar-se, disse o Secretário-geral socialista, com uma “enorme surpresa” que derrubará as críticas imprudentes e infundadas de quem durante anos nada teve para oferecer ao povo português.