Profissionais de saúde vão ser compensados
“Aprovámos um regime excecional que permite que os profissionais de saúde que possam não conseguir gozar as suas férias até ao final deste ano possam ser compensados desse seu esforço”, disse a governante, em entrevista à agência Lusa, explicando que os profissionais abrangidos poderão optar, em 2021, por uma compensação financeira adicional: “por cada cinco dias de férias não gozados, além do direito a esses dias, terem o pagamento de um dia adicional de férias”.
Marta Temido sublinhou que tem sido feito um esforço continuado de contratação e de melhoria da resposta do Serviço Nacional de Saúde, de que é exemplo a prerrogativa de autonomia assegurada aos hospitais para contratarem médicos “por tempo indeterminado”.
Segundo a ministra, são contratos sem termo para apoiar sobretudo as especialidades que são essenciais na resposta à Covid-19, nomeadamente a Anestesiologia, a Medicina Intensiva, a Pneumologia e a Medicina Interna.
“Estamos a tentar todos os dias reforçar as respostas do Serviço Nacional de Saúde, mas não podemos atuar só pela via da oferta de cuidados”, vincou, salientando que é preciso também atuar no combate para “parar a transmissão da doença”, advertindo que, apesar de se começara a assistir a “alguma desaceleração”, a situação se mantém grave, com o número de novos casos diários “muito elevado e preocupante”.
“A situação mantém-se grave e temos de estar preparados para que nos próximos dias, na próxima semana, no próximo fim de semana, nas primeiras semanas de dezembro a situação seja ainda muito complexa”, alertou, explicando que a evolução da pandemia não vai ser igual em todas as regiões do país, como já não foi na primeira vaga.
“Temos tido dias de maior crescimento, temos tido dias mais estáveis. O que é importante que se perceba é que precisamos de parar a transmissão da doença e precisamos garantir que os profissionais de saúde têm capacidades também para ir prestar outra atividade assistencial”, realçou, assegurando que todos os recursos estão mobilizados para “dar a melhor resposta possível”.
“Estamos longe de estar numa situação que seja a situação em que gostaríamos de estar e precisamos todos de perceber isto”, reforçou.