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Primeiro-Ministro tem que esclarecer todas as dúvidas

Primeiro-Ministro tem que esclarecer todas as dúvidas

O secretário-geral do PS, António Costa, disse hoje que o primeiro-ministro tem “usado e abusado da imunidade política” que o “senhor Presidente da República lhe ofereceu” e explicou que aguarda respostas de Passos Coelho sobre as dívidas à Segurança Social.

“O PS dirigiu um conjunto de perguntas ao senhor primeiro-ministro e aguardamos pela resposta”, disse António Costa, em Coimbra, onde se deslocou para participar num debate sobre “Diferenças salariais entre trabalhadoras e trabalhadores. Que boas práticas?”, realçando que Pedro Passos Coelho tem esse “dever de explicação” e que já deveria ter respondido às questões colocadas pelo PS.

“Fizemos as perguntas e aguardamos pela resposta e tiraremos as ilações devidas”, afirmou António Costa.

“O primeiro-ministro tem usado e abusado da imunidade política que lhe ofereceu o senhor Presidente da República e não percebeu que quem exerce funções públicas está sujeito – tendo obviamente direito à sua privacidade – ao dever de explicação, ao dever de esclarecer os cidadãos sobre os atos que praticou”, sustentou.

“Sobretudo num momento de martírio fiscal sobre os portugueses e em que esta maioria, este Governo e este primeiro-ministro se têm mostrado absolutamente insensíveis aos dramas de tantos portugueses relativamente ao cumprimento das suas obrigações, não se percebe” como é que Passos Coelho “acha que pode usar e abusar da imunidade política que o senhor Presidente da República lhe ofereceu, para não esclarecer prontamente e cabalmente todas as dúvidas que têm sido suscitadas”, salientou o secretário-geral do PS.

António Costa criticou ainda a maioria PSD/CDS por ter chumbado “na semana passada, as propostas apresentadas [na Assembleia da República], pelo PS, tendo em vista suspender as penhoras de casa própria por dívidas ao fisco”.

“Esta maioria também chumbou, aquando da apresentação do Orçamento do Estado as propostas” dos socialistas, no sentido de “manter em vigor a norma travão para o crescimento do IMI [imposto municipal sobre imóveis]”, disse António Costa, considerando que o crescimento deste imposto “é uma ameaça à manutenção do direito à casa própria de muitas e muitas famílias” portuguesas.

“Ora, quem se comporta assim tem um dever político acrescido”, conclui o líder do PS.