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Primeiro-ministro tem duas palavras diferentes sobre cortes nas pensões

Primeiro-ministro tem duas palavras diferentes sobre cortes nas pensões

António José Seguro lembrou que, em abril de 2011, Pedro Passos Coelho dizia que não deveriam ser aplicados cortes às reformas atribuídas.

O Secretário-geral do Partido Socialista disse em Vila do Conde que Pedro Passos Coelho tem duas palavras sobre os cortes nas pensões. “Queria recordar uma declaração do primeiro-ministro em abril de 2011, quando era candidato a primeiro-ministro, dizendo que as reformas atribuídas não deveriam ser objeto de corte sob pena de o Estado se apropriar daquilo que não é seu. O primeiro-ministro prometeu uma coisa para ganhar os votos dos portugueses e está a fazer outra completamente diferente depois de chegar ao poder”, afirmou o secretário-geral do PS.

António José Seguro considera que não se trata “apenas de uma questão técnica, mas de uma questão de princípio, de palavra e da mais elementar justiça”. Para o Secretário-geral do Partido Socialista, “quando um líder político diz uma coisa antes das eleições e outra depois com tal evidência, isso demonstra que ele tem duas palavras e duas atitudes completamente diferentes: uma quando anda a pedir votos e outra completamente diferente quando está no poder. É um juízo que deixo a cada português. Quando um primeiro-ministro, a propósito das pensões, promete uma coisa e está a fazer outra, não só está a incumprir uma promessa (o que já seria grave), como também está a criar desconfiança e desilusão na vida pública e na política”, acrescentou.

O líder socialista vincou que “o PS é uma oposição responsável e positiva, não prometendo nada que não possa fazer quando for Governo. Podemos perder votos para aqueles que querem que tudo se prometa e depois logo se vê, mas não trocamos votos por princípios. A vida pública e a vida política em Portugal precisa de políticos de palavra, porque há muita gente desiludida e desencantada, que não acredita”, disse. António José Seguro fez estas afirmações durante uma ação de apoio à candidata do PS à Câmara de Vila do Conde, Elisa Ferraz.