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Primeiro-ministro não é dono do país

Primeiro-ministro não é dono do país

O Secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, em entrevista à TVI24, sustentou que “este governo não consegue conviver com a Constituição e a democracia”.

O Secretário-geral do Partido Socialista criticou esta segunda-feira as declarações do Primeiro-ministro sobre o último chumbo do Tribunal Constitucional. “Os juízes do Tribunal Constitucional interpretam as leis de acordo com a nossa Constituição”, esclareceu, alertando que existe uma “pressão explícita” sobre os juízes.

“Este país não tem donos e o Primeiro-ministro não é o dono de Portugal”, vincou António José Seguro, acrescentando que, “o país não pode estar de joelhos”, pois necessita de “ter estratégia e aliados”. “Num momento, em que o país precisa de união temos um Primeiro-ministro que o divide”, realçou. “Estamos a ficar mais pobres e a deixar as pessoas carenciadas mais desprotegidas”, salientou, deixando um aviso: “Nenhum Governo tem o direito de deixar pessoas para trás.”

“Quando o Primeiro-ministro diz que os juízes do Tribunal Constitucional não tiveram bom senso, já reparou na gravidade desta declaração?”, questionou o Secretário-geral do Partido Socialista, deixando um alerta: “O Primeiro-ministro não está só a dizer que os juízes não têm bom senso. Está também a dizer que o Presidente da República não tem bom senso porque foi o Sr. Presidente da República que enviou para o TC o pedido da fiscalização.”

“O país exige políticos sérios que resolvam os problemas dos portugueses”, disse António José Seguro, frisando que fala com os portugueses de norte a sul do país e que continua a ser “um homem que propõe”.

Neste sentido, António José Seguro vincou que o próximo Governo “não pode errar” e, por isso, o Partido Socialista terá um programa que visa “atacar as causas dos problemas”, de modo a ajudar Portugal a sair da crise de uma forma sustentável. O Secretário-geral do Partido Socialista defendeu, entre outras propostas, a necessidade de um fronteira nítida entre os setores privado e público na área da Saúde.