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Primeiro-ministro esconde-se atrás das palavras

Primeiro-ministro esconde-se atrás das palavras

O Secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro, disse esta quarta-feira que “os portugueses estão habituados a que Pedro Passos Coelho e o PSD digam uma coisa antes e outra após eleições”.

António José Seguro afirmou que o Primeiro-ministro se esconde atrás das palavras quando chama ajustamento às políticas de “empobrecimento”. “É preciso que o Primeiro-ministro deixe de dissimular e de se esconder atrás das palavras, pois chama aos despedimentos requalificação, aos cortes chama reforma do Estado e ao empobrecimento do país chama ajustamento”, alertou, acrescentando que este ajustamento não tem em conta as consequências sociais e económicas no país.

Numa ação de apoio ao candidato à Câmara Municipal de Oeiras, Marcos Sá, o Secretário-geral do Partido Socialista reforçou que o Governo está a adiar o anúncio de mais medidas de austeridade para depois das eleições autárquicas. “Há dois anos o Primeiro-ministro também disse que não iria despedir funcionários públicos, que não iria cortar salários, que não retiraria os 13º e 14º meses aos funcionários públicos e depois fez exatamente o contrário. Os portugueses já estão habituados ao que valem as palavras do PSD e do Governo em vésperas de eleições”.

O Secretário-geral do Partido Socialista aproveitou o almoço com o candidato socialista para desvalorizar os elogios da Comissão Europeia à evolução da economia portuguesa, salientando que há cinco anos que Bruxelas afirma que consegue tirar a Europa da crise. “Há uma diferença entre aquilo que a Comissão Europeia tem dito e aquilo que faz”, frisou.

Questionado pelos jornalistas sobre as consequências dos incêndios florestais, António José Seguro lamentou o falecimento do bombeiro Bernardo Cardoso e disse ainda que o Partido Socialista exigirá o apuramento de responsabilidades sobre o flagelo.