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Primeiro-ministro e Governo estão esgotados

Primeiro-ministro e Governo estão esgotados

António José Seguro reiterou que o tempo de Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro chegou ao fim e que o Governo está esgotado, vivendo em estado de negação.

“O seu tempo chegou ao fim. O senhor e o seu Governo estão esgotados. A estratégia do Governo falhou estrondosamente, perdeu a credibilidade e está sem autoridade política para enfrentar a crise que estamos a viver em Portugal”, declarou o líder do PS durante o debate quinzenal na Assembleia da República.

O secretário-geral socialista considerou, também, que o primeiro-ministro “está zangado” e que apenas gera divisões entre os portugueses.

Pegando na afirmação de Pedro Passos Coelho de que seria irresponsável proceder agora a um aumento do salário mínimo nacional, António José Seguro sustentou que o primeiro-ministro “acabou de chamar irresponsáveis às confederações patronais e sindicais”.

“O senhor não compreende nem escuta aos portugueses. O senhor está separado e divorciado dos portugueses”, acusou.

O líder socialista estabeleceu sucessivas comparações entre as previsões feitas pelo Governo para 2012 e os resultados verificados no final do ano passado, dando especial ênfase ao défice estimado na ordem dos 4,6 por cento e que acabou por se situar nos 6,6 por cento.

Sublinhou que, para este ano, o Governo já fez três revisões em baixa sobre o crescimento, começando por prever uma variação positiva de 0,6 por cento, mas estando agora já numa contração da economia na casa dos 2,3 por cento – “isto quando se está a galopar para um milhão de desempregados”.

“Os portugueses perguntam-se: Tanta dor, tanto sofrimento e tantos sacrifícios para quê? Que resultados tem o senhor primeiro-ministro para apresentar? Não tem resultados”, concluiu.