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Primeiro-ministro diz que empresa exportadora da Lousã é exemplo no interior

Primeiro-ministro diz que empresa exportadora da Lousã é exemplo no interior

O primeiro-ministro, António Costa, enalteceu hoje o exemplo de uma empresa exportadora da Lousã com quase 400 trabalhadores, considerando que poderia ser replicado noutros municípios do interior.
António Costa

“É um excelente exemplo de que não há nenhuma fatalidade do interior”, afirmou António Costa, no final de uma visita à EFAPEL e depois da inauguração de um novo edifício desta empresa de material elétrico, na freguesia de Serpins, distrito de Coimbra.

As novas instalações fabris representam um investimento superior a 8,6 milhões de euros, com um financiamento da União Europeia que ronda os quatro milhões de euros.

Citando o administrador e fundador da empresa, Américo Duarte, o primeiro-ministro considerou “muito motivador” verificar os seus sucessos, no Pinhal Interior, “uma zona particularmente difícil” para atrair investimentos e criar emprego.

“Não é por acaso que estamos a investir” nas linhas ferroviárias da Beira Baixa e da Beira Alta, disse, realçando que “as medidas de discriminação positiva são essenciais” para promover o desenvolvimento e fixar população nos territórios de baixa densidade demográfica, designadamente na região Centro.

O investimento no IP3, modernizando e tornando mais segura a ligação rodoviária entre Coimbra e Viseu, é outras das obras que, segundo António Costa, reflete a aposta do atual Governo na revitalização do interior.

No mesmo sentido, salientou, a recente reprogramação dos fundos europeus do Portugal 2020 contempla o financiamento das primeiras fases do projeto do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), para instalar uma rede de autocarros elétricos no antigo ramal ferroviário da Lousã e cidade de Coimbra.

“Criámos condições financeiras para, finalmente, podermos executar a obra”, afirmou o primeiro-ministro, ao usar da palavra numa empresa — a EFAPEL, a maior do concelho da Lousã quanto ao número de trabalhadores — situada em Serpins, localidade onde termina o Ramal da Lousã, que durante mais de 100 anos, até 2010, permitiu a ligação por comboio entre os municípios de Coimbra e Lousã, passando por Miranda do Corvo.

Na sua intervenção, o presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, recordou que, quanto ao SMM, “as expectativas que já foram goradas e todas as vicissitudes que o projeto já conheceu”, durante mais de 22 anos, desde a criação da sociedade Metro Mondego, em 1996, as quais culminaram há dez anos no encerramento da ferrovia centenária.

“Iremos continuar muito atentos e exigentes”, acrescentou o autarca do PS