Primeiro ministro devia resolver os problemas do país, em vez de fazer oposicao ao PS
“Podemos perder votos, podemos não entusiasmar plateias. Mas podem ter a certeza de que quando prometemos é para cumprir”.
No Jantar de Reis da Federação da Guarda, em Fornos de Algodres, António José Seguro disse este sábado que o primeiro ministro se “especializou em fazer oposição ao PS” em vez de resolver os problemas do país, e que “está em campanha eleitoral”.
A propósito das acusações recentes do Primeiro ministro de que o PS recorre vezes de mais ao Tribunal Constitucional, António José Seguro diz que não percebe as afirmações de Passos Coelho. “O que é que o primeiro-ministro estava à espera do PS ? Que nós fossemos uma oposição meiga, dócil, suave? A Constituição é a lei fundamental do nosso país. Se há um Governo que não sabe governar de acordo com a Constituição, então o PS cá está em todos os momentos para lhe fazer lembrar e para enviar todas as leis que nós consideremos que são inconstitucionais para o TC”, garantiu António José Seguro.
O líder socialista lembra que o governo está a ter uma atitude contrária às promessas que fez em campanha eleitoral, o que destrói a confiança dos portugueses. Algo que Seguro garante que não irá acontecer com um governo socialista. “Podemos perder votos, podemos não entusiasmar plateias. Mas podem ter a certeza de que quando prometemos é para cumprir”, disse, acrescentando que “o PS tem vindo a construir uma relação de confiança com os portugueses, como se vê no resultado das autárquicas e das sondagens”. Seguro lembrou ainda que o governo não desmentiu a notícia publicada nos media de ter criado uma comissão para ver de que forma os contributos extraordinários dos pensionistas poderão passar a definitivos.
Apesar de alguns indicadores com melhorias, ainda é cedo para o governo cantar vitória quanto à superação da crise, segundo o líder socialista. “Mas as pessoas vivem melhor? Olhem à vossa volta… Não, não vivem”, afirmou, lembrando que já saíram 200 000 pessoas de Portugal, desde que o atual executivo foi para o Poder. António José Seguro disse que, “ao contrário do que nos diz a propaganda do governo, há um rumo diferente para Portugal”.